sexta-feira, 24 de setembro de 2010

TERRA DE SAMARIA-01

TERRA DE SAMARIA:

Panorama de uma aldeia palestina próxima ao assentamento israelense de Beit El, na região histórica de Samaria, atual Cisjordânia.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

A cidade de Samaria foi tomada pelos assírios em aproximadamente 722 a.C.
A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6).

Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10).

A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte, semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente protegido pela outra.
Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2).

A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos.

O assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6). Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por Oséias (10.4,8,9) - e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe do país de Israel.

Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).

Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi ali residir um certo número deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2). Samaria assim Continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos.

Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano. Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do qual apenas se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel.

Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto.

A província de Samaria, nos tempos do Novo Testamento, estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) - era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).

EM TEMPO: Estou convidando o amigo leitor para ler o trabalho sobre a história de Samaria realizado pelo pesquisador bíblico David Pessôa de Barros,. neste mesmo blogs.

Estou anexando esta página no referido blog para você leitor poder observar a semelhança, por serem ambos reais para os leitores bíblicos.
Assim, volto a dizer que, quando as 12 tribos de Israel se dividiram não havia Samaria nem terra de Samaritanos. Séculos depois, um Rei por nome de Onri, por sinal pai do Rei Acabe, aquele que era casado com JESABEL, comprou uma terra a um homem chamado SEMER por dois talentos de prata e, naquele mesmo monte construiu uma cidade que passou, a princípio se chamar MONTE DE SEMER. E depois. MONTE SAMARIA.

Quanto as divisões das tribos de Israel Jeroboão primeiro reinou na terra de Siquém, posteriormente fez o Reino na terra de TIRZA, aliás, fora este o último reino que Josué havia tomado pela força do seu Exércoto ( Josué 12:24 ).

DAVID PESSÔA DE BARROS.
Pesquisador Biblico. Maio de 2009.

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