sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CISJORDÂNIA - ANTIGA SAMARIA:

CISJORDÂNIA: ( ANTIGA SAMARIA )

Atualmente ocupada por Israel.

A Cisjordânia ou Margem Ocidental é um território sob ocupação de Israel, reclamado pela Autoridade Palestiniana e pela Jordânia, situado na margem ocidental do rio Jordão. É limitado a leste pela Jordânia e a norte, sul e oeste por Israel.

Até 1948, integrava a parcela remanescente da Palestina histórica,[1] a qual foi dividida em três partes: uma parte passou a integrar o Estado de Israel e as duas outras, Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ambas de maioria árabo-palestina, deveriam integrar um Estado palestino, a ser criado conforme a Resolução 181 das Nações Unidas (1947), com a anuência da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido.

Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel após a Guerra dos Seis Dias. Desde então e até 2009, Israel demoliu mais de 20 mil casas de cidadãos não-judeus. [2]
Posteriormente algumas porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas Israel mantém o controlo das fronteiras e está actualmente a construir um muro de separação, com 700 quilômetros de extensão, que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território. A construção do muro, iniciada em 2004, isolou 160 mil famílias palestinas. [2]

A resolução 181 da ONU previa que o estado judeu deteria 56% dos territórios da área do antigo Mandato Britânico da Palestina, na margem ocidental do rio Jordão, enquanto 44% seriam destinados a um Estado para o povo palestino, que, à época, ocupava 98% da área partilhada. Hoje Israel controla mais de 78% do antigo Mandato Britânico, excluída a porção ocupada pela Jordânia. Mais de 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras desde então. [2]

Territórios ocupados por Israel na Cisjordânia, além da Linha Verde (1949), e localização do Muro e dos checkpoints israelenses (janeiro, 2006).

CONDIÇÕS DE VIDA DO POVO:

Desde 2000 e após a Segunda Intifada, as condições de vida da populações palestina na Cisjordânia suscita preocupação das organizações multilaterais. Várias missões enviadas pela mandatées ONU, assim como inúmeros testemunhos, indicam uma enorme regressão da qualidade de vida, do nível de educação e das condições sanitárias da população, sendo que o Estado de Israel controla 85% dos recursos hídricos das áreas sob jurisdição da Autoridade Palestina.[2] O principal problema citado é o aumento, desde a Segunda Intifada, das severas restrições à circulação de mercadorias e pessoas impostas pelas Forças Armadas de Israel.

Algumas cidades, como Jericó ou Jenin, foram cercadas por um fosso que impede a entrada ou saída da cidade, exceto pelos de pontos de passagem (checkpoints) controlados pelo exército israelense. Há também mais de uma centena desses checkpoints disseminados nas estradas da Cisjordânia e inúmeros controles móveis.

Israel, por sua vez, assegura que os checkpoints são indispensáveis à proteção dos seus cidadãos, tanto em Israel quanto na Cisjordânia. Ademais, a presença e a contínua expansão de colônias israelenses constituem uma fonte adicional de conflitos e incidentes graves. Atualmente mais de 2/3 dos palestinos dispõem de menos de USD2 por dia para sobreviver.[3]

[editar] Demografia
A Cisjordânia conta com uma população de 2.535.927 de habitantes, dos quais 2.171.927 são árabes palestinianos e 364.000 colonos judeus (incluem-se neste número os colonos de Jerusalém Oriental).

Em 1947 a população da Cisjordânia era de 400 mil habitantes. Como resultado da Guerra árabe-israelense de 1948, terminada em 1949, a população árabe que habitava o território que atualmente corresponde a Israel fugiu, e cerca de 300 mil árabes se fixaram na Cisjordânia. Em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias e a ocupação militar de Israel da Cisjordânia, novamente verificou-se um êxodo de cerca de 380 mil árabes, principalmente em direção à Jordânia.

A população árabe é na sua maioria muçulmana sunita, com uma minoria cristã (ortodoxa grega e católica romana). Cerca de 17% da população da Cisjordânia é praticante do judaísmo. Cerca de metade dos habitantes da Cisjordânia têm menos de 15 anos, sendo a esperança média de vida na Cisjordânia de 73,27 anos.

O árabe é a língua mais falada no território, seguido do hebraico, que é falado pela população judaica e falado por muitos árabes. A língua inglesa é entendida e falada por alguns sectores da população.

[editar] Educação

As crianças judias dos colonatos são educadas em escolas que seguem o sistema educativo israelita, enquanto que as crianças árabes são educadas de acordo com um sistema desenvolvido pela Autoridade Nacional Palestiniana, que desde 1994, e em resultado dos Acordos de Oslo, tem a educação como sua responsabilidade (entre 1967 e 1994 o currículo estudado pelos alunos árabes era semelhante ao da Jordânia). Algumas organizações cristãs possuem escolas privadas em cidades da Cisjordânia.

Existem hoje em dia 12 universidades palestinianas na Cisjordânia. Algumas são o resultado da evolução de algumas instituições educativas que existiam antes da invasão militar de 1967 e outras surgiram depois desta data. As principais universidades da Cisjordânia são a Universidade de Birzeit (a mais prestigiada), a Universidade de An-Najah (com maior número de alunos, 9500 alunos em 2003/04), a Universidade de Belém (parcialmente financiada pelo Vaticano e da responsabilidade dos Irmãos lassalistas) e a Universidade de Hebrom. A Universidade Aberta Al-Qubs oferece cursos através do método de educação à distância. As universidades foram encerradas por Israel durante a primeira Intifada, retornando gradualmente as suas actividades em 1991.

[editar] Religião

Na Cisjordânia encontram-se locais que são sagrados tanto para o judaísmo, como para o islamismo e o cristianismo, principalmente após a saída dos judeus do Egito, para a conquista de Canaã sob a liderança de Moisés e seu sucessor, Josué.

Em Hebrom, uma das quatro cidades sagradas para os judeus, encontra-se a Gruta de Macpela, onde se acredita estarem sepultados os três patriarcas, Abraão, Isaque e Jacob, e as suas esposas, Sara, Rebeca e Léia. O local é venerado por judeus e muçulmanos e sobre este ergue-se a mesquita de Ibrahim (Abraão).

Em Belém ergue-se a Igreja da Natividade, construída segundo a tradição no local onde Jesus nasceu. Na estrada que liga Belém a Jerusalém encontra-se o túmulo de Raquel.

Em Jericó, destaca-se o Monte da Tentação, identificado como o local onde o demônio teria tentado seduzir Jesus, oferecendo-lhe todos os reinos do mundo.

Referências

1. ↑ Anteriormente, já havia sido feito um desmembramento para constituir a Transjordânia, em 1922.

2. ↑ a b c d Cuba, Israel e a dupla , por Brenopreto. Carta Maior, 16 de março de 2010.

3. ↑ Agence canadienne de développement international. Cisjordanie et bande de Gaza. (em francês)

DAVID PESSOA DE BAROS
Pesquisador bíblico.

Um comentário:

  1. http://www.meforum.org/3121/jordan-is-palestinian
    http://www.danielpipes.org/298/is-jordan-palestine
    http://www.factsandlogic.org/ad_18.html
    "... By mistreating the Palestinians and depriving them of their basic rights, Jordan and other Arab countries are driving them into the open arms of extremists, especially Islamist groups such as the Muslim Brotherhood and Hamas.

    Jordan, Lebanon and Syria can continue their practices against Palestinians without having to worry about the responses of the international community or the media. No one is going to take to the streets of European and American cities to condemn Arabs for mistreating Arabs. ..." http://www.gatestoneinstitute.org/4615/jordan-palestinians

    Jordan is Palestine ( Vídeo )
    https://www.youtube.com/watch?v=QJA9Z_vJdmc

    http://samsonblinded.org/israel_palestine/5palestinian_jordan.htm

    http://www.science.co.il/History-Palestine.php

    Trecho do artigo do link ao final da citação: "...The king is worried that Jordan would be required to accept even more West Bank Palestinians than it already has (now comprising a majority of the population). He is hopeful that any peace agreement will include the transfer of Palestinians from Jordan to the new Palestinian state.

    The first indication of concern was back in 2007 with the revocation of Jordanian citizenship of thousands of Palestinians, who were declared to be “stateless refugees.” (Imagine the international outcry if Israel acted similarly toward its own Palestinian citizens.) Further revealing of their precarious status in the Hashemite kingdom, some 340,000 Palestinians are still confined in Jordanian refugee camps.

    The king has reason to be worried lest Jordan might become the State of Palestine. History reveals why. Back in 1920, when the League of Nations Mandate to govern Palestine was bestowed upon Great Britain, it cited “the historical connection of the Jewish people with Palestine and the legitimacy of grounds for reconstituting their national home in that country.” Jews were granted the right of settlement throughout “Palestine,” comprising the land east and west of the Jordan River.

    Great Britain, however, retained the right to “postpone” or “withhold” Jewish settlement east of the Jordan. Two years later, with the creation of Transjordan by the British to reward Prince Abdullah of Arabia for his wartime cooperation, Jewish settlement was restricted to the land – all of it – west of the Jordan. That right has never been rescinded. It includes Hebron no less than Tel Aviv.

    So it is that Jordanian Palestinians are already at home, east of the Jordan River, which comprises two-thirds of Mandatory Palestine. Surely the resistance of Hashemite monarchs, backed by Bedouin tribes, should not be permitted by the international community to impede Palestinian statehood within the borders of their own national home according to international law.

    Jordan’s Foreign Minister has firmly declared that his nation will not be an “alternative home for anybody.” That is one way of looking at it. But what if it were to become the national home of the Palestinian people, in Palestine as it was defined nearly a century ago? The result would be two states for two peoples. Loyal followers of the current Hashemite rulers could certainly expect to be treated at least as well as the Palestinians they have governed since 1948, when the Kingdom of Jordan invaded the fledgling Jewish state of Israel.

    That futile attempt to drive Jews into the sea, in which Jordan’s Arab allies gleefully joined, created the Palestinian refugee problem that has been blamed on Israel ever since. King Abdullah may insist: “Jordan is Jordan and Palestine is Palestine.” History suggest otherwise: Jordan is Palestine. It should welcome Palestinians with open arms, grant them citizenship, vacate the refugee camps and yield to democratic imperatives – precisely as its next-door neighbor Israel did with its new refugees from Arab lands sixty-six years ago. ..."
    In http://www.algemeiner.com/2014/02/25/is-jordan-palestine/


    ResponderExcluir