segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FANATISMO E RELIGIÃO

FANATISMO DENTRO DAS RELIGIÕES:


Mas o pior mesmo é quando, além da divulgação de conceitos errados a respeito do Julgamento da humanidade, apresenta-se conjuntamente um "salvador da calamidade" e/ou "transmissor de novas revelações". E isso também vem de longe. No apocalíptico ano de 1666, um judeu chamado Shabetai Zevi declarou ser o messias, anunciou que a redenção estava próxima e escolheu doze discípulos para serem juízes das tribos de Israel... Foi entusiasticamente aceito por judeus em todo o mundo.
Em 1759, um tal Jacob Frank sugeriu que era Deus encarnado e angariou grande quantidade de adeptos...

No início de 1814, uma senhora inglesa de 64 anos, chamada Joanna Southcott, anunciou que estava grávida do Espírito Santo e daria à luz, no dia 19 de outubro de 1814, uma criança divina de nome Shiloh, que seria o segundo messias. Esta data marcaria também o fim do mundo e o Juízo Final. Para convencer os incrédulos, Joana pediu para ser examinada por 21 médicos, dos quais 17 declararam que ela estava realmente grávida.

Maurice Chatelain conta o desenrolar do drama: "Então a exaltação religiosa não teve mais limites. Milhares de fanáticos instalaram-se diante da casa onda ela morava e começaram uma longa vigília de orações, na espera do nascimento da criança sagrada que os iria salvar das labaredas do inferno. Muitos deles caíram de cansaço e houve inclusive três que morreram no local. Finalmente veio o dia 19 de outubro, mas o messias não chegou. Chamaram então os médicos, que constataram que Joanna nunca estivera grávida, mas gravemente doente, tanto da cabeça como do corpo. Ela morreu, aliás, dez dias depois, e seus discípulos pensaram que a volta do messias, o fim do mundo e o Juízo Final haviam sido transferidos para mais tarde."
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Em 1984, um grupo de protestantes, se uniram e criaram uma seita. Seu fundador era o belga Luc Jouret, era também neu-nazista. O grupo era cristão e também conhecido como a segunda vinda de Cristo e os Cavaleiros Templários. Alega-se que uma criança foi sacrificada por que pensaram ser ela o anticristo e isto verificou-se em 1994. Dias depois ele e mais umas dúzias de seguidores cometeram suicídio. Isto tudo foi na França e hoje os franceses consideram a organização criminosa.__________________________________________________________

No início do século ( 1.900 ) os adeptos da seita russa "Irmãos e Irmãs da Morte Vermelha" estavam certos de que o fim do mundo ocorreria no dia 13 de novembro de 1900. Convencidos de que deveriam suicidar-se, 862 deles decidiram morrer na fogueira. Quando a polícia chegou, já havia uma centena de irmãos carbonizados.
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Ainda na década de 60, astrólogos hindus chegaram à conclusão de que o mundo acabaria em 4 de fevereiro de 1962, por conta de uma conjunção do Sol, da Lua e mais 5 planetas. Segundo Maurice Chatelain, milhões de crentes caíram de joelhos, implorando à deusa Chandi Path que os poupasse e fazendo queimar quase duas toneladas de manteiga para apaziguar sua cólera. Como nada aconteceu na data estipulada, concluíram que a deusa atendera suas preces.____________________________________________________________


Em outubro de 1992, o profeta Lee Jang-Rim levou cem mil fiéis da Igreja Missionária Dami, na Coréia, a esperar pelo minuto final, previsto para a meia-noite. Uma chuva incandescente cairia sobre o planeta, nuvens carregadas de dragões desceriam à Terra e os seus seguidores ascenderiam ao céu. Jang-Rim acabou processado pelos fiéis, 46 dos quais pelo menos haviam doado a ele todos os seus bens.__________________________________________________

POSTADO PELO PESQUISADOR BÍBLICO
DAVID PESSOA DE BARROS.
Setembro/2010

domingo, 26 de setembro de 2010

DÍZIMO NÃO É UMA PRÁTICA CRISTÃ...!

TRABALHO SOBRE DÍZIMO-02 Dez./2009.


Monergismo.com –
“Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
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O Dízimo
Túlio Cesar Costa Leite1

A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém.

Martinho Lutero
Introdução

O movimento Reformado representou um retorno às Escrituras Sagradas. Como conseqüência, o acúmulo de tradições acrescentadas à fé apostólica foi varrido da igreja. Somos filhos da Reforma e temos a obrigação de julgar nossas próprias práticas à luz da Bíblia, comparando Escritura com Escritura. A máxima igreja reformada sempre se reformando deve ser sempre lembrada e praticada. Deveríamos hesitar em abolir ensinos que não se respaldam na Revelação? Não há erro quando alguém obriga a si próprio a não comer carne, ou guardar determinados dias, ou se abster de algo, ou colocar sobre si qualquer outra obrigação sobre a qual não há mandamento bíblico (Rm 14.2-6). Porém, o erro passa a existir quando pretendemos impor a outra pessoa exigências que a Bíblia não impôs. Pretendo demonstrar a seguir que o dízimo, conforme tradicionalmente ensinado e praticado nas igrejas evangélicas, enquadra-se nesta definição.

Um histórico da prática do dízimo

A igreja pós-apostólica viveu a tensão entre a prática do dízimo e a afirmação paulina de que Cristo nos libertou da lei (Gl 5.1). Nos séculos 5 e 6, encontramos a prática do dízimo bem estabelecida nas áreas antigas da cristandade do ocidente. No século 8 os soberanos carolíngeos tornaram o dízimo eclesiástico parte da lei secular. Já no século 12, os monges que antes tinham sido proibidos de receber dízimos, sendo obrigados a pagá-los, obtiveram certa medida de liberdade ao obterem permissão para receber dízimos e, ao mesmo tempo, tendo isenção do pagamento deles. Controvérsias sobre dízimos sempre surgiram quando pessoas procuravam evitar o pagamento, ao passo que outras tentavam apropriar para si as rendas dos dízimos. Os dízimos medievais eram divididos em prediais, cobrados sobre os frutos da terra; pessoais, cobrados dos salários da mão-de-obra; e mistos, cobrados da produção dos animais. Esses dízimos eram subdivididos, ainda, em grandes, derivados de trigo, feno e lenha, pagáveis ao reitor ou sacerdote responsável pela paróquia; e pequenos, dentre todos os demais dízimos prediais, mais os dízimos mistos e pessoais, pagáveis ao vigário. Na Inglaterra, especialmente por volta dos séculos 16 e 17, a questão dos dízimos foi uma fonte de conflito intenso, visto que a Igreja Estatal dependia dos dízimos para sua sobrevivência.

Implicações sociais, políticas e econômicas eram consideráveis nas tentativas do arcebispo Laud de aumentar o pagamento dos dízimos, antes de 1640. Os puritanos ingleses e outros queriam a abolição dos dízimos, substituindo-os por contribuições voluntárias para sustentar os clérigos. Mas a questão dos dízimos despertou paixões 1 Presbítero da Igreja Reformada Presbiteriana em Maricá Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.mone rgismo.com

Ferozes e amarguras, notáveis dentre todas as questões associadas com a guerra civil inglesa. Depois da guerra, o dízimo obrigatório sobreviveu na Inglaterra até o século 20.2 O texto clássico Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós,a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Ml 3.8-10 Este é o texto clássico usado para ensinar aos membros da igreja a prática do dízimo, isto é, a entrega à igreja de 10% do salário bruto mensal. É concordância generalizada entre os evangélicos que o dízimo não é dado, mas sim “devolvido” a Deus. Não poucos testemunhos confirmam que dar o dízimo acarreta bênção e o contrário traz maldição: “Temos um colega que recebeu uma carta de uma senhora que foi membro de sua Igreja e ele chorou amargamente ao ler aquela carta, porque aquela senhora dizia o seguinte: Pastor, eu lhe agradeço por tudo quanto o senhor me fez durante o tempo em que fui membro da sua Igreja. Mas eu fui obrigada a me mudar dessa localidade e fui freqüentar outra Igreja. O senhor nunca me falou a respeito do dízimo.

O outro pastor me ensinou a ser dizimista, e Deus me abriu as janelas dos céus e me tem dado tantas e tão grandes bênçãos que eu lamento ter perdido doze anos na sua Igreja recebendo maldição, quando Deus tinha uma bênção sem medida para mim, se eu fosse fiel. Um pastor que recebe uma carta assim só pode chorar.3 Testemunhos dessa natureza prendem a atenção dos ouvintes e são usados para confirmar a veracidade do ensino a respeito do dízimo. É difícil discordar de algo que produz resultados como este: “Certo dia, quando recolhíamos os dízimos eu li este versículo. Estava presente um engenheiro que, tendo sido muito rico, perdera tudo em poucas semanas, e quando eu li este versículo ele compreendeu que isto tinha acontecido na sua vida, e, naquela hora, prometeu a Deus que ia ser fiel na entrega dos dízimos. O que Deus fez e está fazendo na vida daquele homem é simplesmente espantoso. Um ano depois este engenheiro era presbítero da minha Igreja e podia dizer: Hoje eu sou muito mais rico do que era quando Deus assoprou minha riqueza porque Ele já me devolveu em dobro o que assoprou. Este homem tem sido uma bênção na Igreja e no seu trabalho.4 Doutrina, por mais atrativa que seja, não pode ter sua autoridade respaldada pela experiência. O texto sagrado deve ser o único pilar sobre o qual se assenta o ensino.

Qualquer outro alicerce deve ser considerado supérfluo e indesejável. Sabemos também que a doutrina não pode ser baseada num único texto. É necessário que haja uma concordância com outras partes do Livro Santo. Examinemos se o dízimo, tal como é ensinado acima, confirma-se à luz das Escrituras. 2 Extraído da “Enciclopédia Histórico-Teológica da Bíblia”. Ed. Vida Nova. Verbete “dízimo”. Negrito acrescentado. A afirmação destacada merece consideração, pois os puritanos, nossos antepassados, representam o ápice do movimento reformado. 3 Extraído do livreto “Fidelidade. Mordomia Cristã. Dízimo -- método divino de contribuição” do Rev. Jacob Silva. Ed. do Autor. São Paulo. 1983. p..22-23 4 Idem, p. 21 Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
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O Novo Testamento ensina a prática do dízimo?

Uma primeira constatação é que não há, no Novo Testamento, nenhum parâmetro mínimo estipulado para a contribuição. O apóstolo Paulo organizou uma grande coleta para os necessitados da Judéia. As duas epístolas aos Coríntios trazem referência a esta coleta: Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. 1 Co 16.1-2 Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, Paulo desenvolve seu ensino acerca das contribuições.

Estes textos se referem à alegria da contribuição, à generosidade, à liberalidade, à presteza em ofertar: E isto afirmo, aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. (9.6) ... porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. (8.2) Pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. (8.4) ... assim, como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses. (8.11) porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio... ( 9.2)Não vemos nenhuma referência a uma contribuição mínima que é obrigatória – o dízimo – e a partir daí, ofertas voluntárias. Ao contrário, o ensino de Paulo, é que se a contribuição não for voluntária, não deve ser dada: Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; (8.8) Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. (8.12) Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. (9.7) Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres (...) se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1 Co 13.3). Ofertas voluntárias são o método de contribuição do Novo Testamento: E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. (Fp 4.15-18) Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
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Paulo usa a figura dos sacrifícios vetero-testamentários com relação às ofertas: as ofertas dos filipenses foram, diante de Deus, “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”. Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui (Gl 6.6). Paulo, aqui, faz referência à obrigação de dar sustento àqueles que se afadigam no ensino da Palavra. Ensino repetido em 2 Tessalonicenses 5.12: Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. E mais detalhado em 1 Coríntios 9: Não temos nós o direito de comer e beber? (v 4) Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (v 6 – Paulo refere-se ao trabalho secular). Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? (v 11) Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E que serve ao altar do altar tira o seu sustento? (v 13). A referência aqui é a Dt 18.1, que permite aos levitas comer partes dos sacrifícios oferecidos no Templo.

De fato, existe o direito bíblico (do qual Paulo abriu mão, pelo menos com relação aos coríntios – 1 Co 9.15 – e aos tessalonicenses – 1 Ts 2.7,9; 2 Ts 3.8-9) de os pregadores pastores- mestres serem sustentados pelas suas congregações: Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho. (v 14)...Porém não há referência a dízimos. Algumas outras citações, entre muitas: ... compartilhai as necessidades dos santos. (Rm 12.13) ... façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. (Gl 6.10) Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. (Ef 4.28) Exorta aos ricos do presente século ... que ... sejam ... generosos em dar e prontos a repartir (1 Tm 6.17,18). Note-se o ensino consistente e positivo do Novo Testamento a respeito da generosidade, da liberalidade, da prontidão em repartir. A contrapartida negativa temos nas muitas advertências a respeito da avareza: O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera (MT 13.22). Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. (Lc 12.15) Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com

Sabei, pois, isto: nenhum ... avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. (Ef 5.5) Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. 1 Tm 6.7-10 Seja a vossa vida sem avareza. (Hb 13.5) Esta é a doutrina. Isso é o que devemos ensinar. O que passar disso pode ser considerado ensino bíblico? Jesus ensinou a prática do dízimo? Argumenta-se que Jesus ensinou que devemos dar o dízimo em Mateus 23.23: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas!

Note-se: obedecer os preceitos mais importantes da lei, sem omitir o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, é o que Jesus afirma. De fato, esta afirmação de Jesus nos remete à discussão sobre a Lei e a Graça, o Velho e o Novo Testamento, a Antiga e a Nova Aliança. Não ignoramos a profecia de Jeremias: Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... (31.31). Esta profecia foi lembrada pelo autor de Hebreus que ensina a respeito de Jesus como Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas (8.6), e completa: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (8.13). Paulo afirma o mesmo com outras palavras: De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio (Gl 3.24-25). Sabemos que há dois testamentos, duas alianças – uma antiga, que já passou, e uma nova, que vigora. Mas, quando começou a vigorar a nova aliança, o novo testamento? Hebreus responde: Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. (Hb 9.16-17) Oh! que significado tem as palavras de Jesus na última ceia: porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mt 26.28). Vemos, assim, que os evangelhos retratam acontecimentos da antiga aliança. Poderíamos dizer que o Antigo Testamento se estende até Mateus 27.50 quando “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.” Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com

Dessa forma, podemos entender muitas passagens do NT: Em Lc 1.15 o anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado, conforme Nm 6.3. Em Lucas 2.21 Jesus é circuncidado obedecendo o disposto em Levítico 12.3; Em Lucas 2.22 Maria se purifica conforme estabelecido em Levítico 12.4; Em Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem o sacrifício prescrito em Levítico 12.6-8; Em Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14; Em Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente à pena estabelecida em Êxodo 22.9; Em Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estipulado em Êxodo 30.11-16 Em Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em Êxodo 12.1-27. Entendemos, então, que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor. Como entender Mt 8.4, onde Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. Da mesma forma, quando, em Mt 23.23, Jesus ordena aos fariseus que dêem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, devemos entender que eles estavam debaixo da mesma aliança mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14. Há, portanto, nos relatos dos evangelhos, um aspecto de transição entre o que é e o que há de vir. Por isso é preciso cuidado para não impor sobre o Novo Israel prescrições relativas ao Antigo Israel. Pois não estais debaixo da lei e sim da graça (Rm 6.14).

O dízimo está acima da Lei?

Existe uma passagem em Gênesis 14.20 – E de tudo lhe deu Abrão o dízimo – que é usada para defender a prática do dízimo como supra-legal, ou seja, acima da lei. Eis o argumento: Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei. Tomemos outra passagem para testar a validade da argumentação acima – Gn 7.10: Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Em Gn 17.23-27 vemos Abraão circuncidando-se a si, a Ismael, e a todos os homens de sua casa.

Argumentemos: Abrão circuncidou-se antes da Lei ser estabelecida. Logo a circuncisão é antes da Lei. Portanto a circuncisão perdura após o fim da Lei. Temos, assim, verificado que se este argumento é procedente para validar o dízimo, é da mesma forma procedente para justificar a prática da circuncisão. Uma preciosa norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode ilustrar uma doutrina, porém não pode ser base de doutrina. Porém é freqüente cair neste erro. Toda a doutrina pentecostal do batismo com o Espírito Santo esta assentada sobre o livro de Atos – descritivo por excelência. Usando textos descritivos grupos sectaristas ensinam, por exemplo, o lava-pés (Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés,também vós deveis lavar os pés uns dos outros – Jo 13.14); que a Ceia deve ser celebrada com pão asmo (cf. Mt 26.17-19; Ex 12.1-27 – porém esquecem que Jesus Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
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usou também vinho e não o suco de uva que a maioria das igrejas usa atualmente); que o batismo só é válido quando feito em rio – “rios de águas correntes” é a expressão usada (Mt 3.6). Kenneth Hagin, o fundador da “teologia” da prosperidade erige um verdadeiro arranha-céu doutrinário sobre uma única afirmação de Jesus: Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco(Mc 11.24). Portanto, se é correto que não se pode basear doutrina sobre texto descritivo, tanto Mt 23.23 quanto Gn 14.20 ficam invalidados para se justificar a prática atual do dízimo.

O Dízimo e a Lei Mosaica:
Trazei todos os dízimos... (Ml 3.10). Nenhum profeta do Antigo Testamento criou doutrina nova. A síntese do que diziam pode ser resumida na seguinte sentença: Voltem para a Lei. Em outras palavras: lembrem-se do que Moisés vos prescreveu. De modo que, se queremos saber mais a respeito do dízimo devemos nos voltar para suas prescrições no Pentateuco. E é aí que encontraremos algumas surpresas: - Em Lv 27.30-33 aprendemos que os dízimos são Santos ao SENHOR. - Em Nm 18.21ss aprendemos que os dízimos são herança dos Levitas. - Porém em Dt 12.5ss e 14.22ss aprendemos a respeito da dinâmica da entrega dos dízimos: eles eram comidos e bebidos pelo próprio ofertante e sua família no Templo, diante do SENHOR, numa celebração alegre e festiva: A esse lugar [o Templo] fareis chegar os vossos ... dízimos... Lá comereis perante o SENHOR, vosso Deus, e vos alegrareis... (12.6,7) Se o caminho até o Templo fosse longo, o israelita poderia vender o seu dízimo e, chegando a Jerusalém, comprar tudo o que deseja a tua alma: vacas, ovelhas, vinho ou bebida forte, ou qualquer cousa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa. (14.26).

Repetidamente há a recomendação de não desamparar o levita (12.12, 18, 19; 14.27). E, finalmente, no capítulo 14 uma ordem especial: Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem. (v 28-29) Portanto vemos claramente que somente de 3 em 3 anos o dízimo era entregue integralmente aos levitas. Nos anos restantes ele era consumido alegremente “perante o SENHOR” pelo próprio ofertante, por sua família e por muitos convidados, num grande banquete. Em Ne 13.10-12, vemos a restauração da prática do dízimo no Judá pósexílio. Ali está a referência aos “depósitos” onde eram armazenados os dízimos. A que prática olvidada pelo povo Malaquias estava se referindo? A tudo o que acabamos de descrever do livro de Deuteronômio. Portanto, se quisermos usar o profeta para restaurar a prática do dízimo, não podemos omitir os textos Mosaicos a que ele está Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com se referindo, pois uma boa norma de hermenêutica diz que um texto não pode significar para nós o que não significou para os seus destinatários originais.

O Dízimo e os Profetas

A esta altura uma pergunta se faz necessária: é correto que um texto do Antigo Testamento de modo geral ou um texto de alguns dos profetas seja usado como base para se ensinar a prática ou a abstenção de algum preceito? Alguns respondem que sim, desde que se trate da lei moral, a qual continuamos obrigados a cumprir e não da lei cerimonial essa sim, revogada. Mas, como fazer tal distinção? Exemplifiquemos com o conhecido texto do profeta Isaías (capítulo 58) sobre o jejum aceitável a Deus: Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? ... Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? É moral ou cerimonial o que escreve o profeta? E o final do discurso quando Isaías afirma: Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse.

Guardar o sábado é moral ou cerimonial? Freqüentemente aquilo que parece cerimonial está inextrincavelmente ligado ao que, sem dúvida, é moral. Não comereis cousa alguma com sangue, não agourareis, nem adivinhareis. Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba (Lv 19.26). Não contaminarás a tua filha, fazendo-a prostituir-se... guardareis os meus sábados... não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos. Lemos, também, que Deus quis matar Moisés porque este não havia circuncidado seus filhos (Ex 4.24-26) e que a pena de morte era prescrita para quem não guardasse o sábado (Ex 31.14-15). Para o judeu comer comida kosher (pura), guardar o sábado, circuncidar a si e seus filhos e usar barba era tão moral quanto não consultar necromantes ou adivinhos e não prostituir sua filha. Portanto, como justificar que usar Malaquias 3.10 para se requerer a prática do dízimo é legítimo e não é legítimo usar Isaías 58.13 para se exigir a guarda do sábado? Por que critério Malaquias 3.10 é atual e não Malaquias 4.4? “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos.” E, se Malaquias 3.10 continua vigorando, onde o Livro Santo nos autorizou a alterar a prática do dízimo conforme prescrita pela lei de Moisés? Calvino e a mordomia5 Calvino, nos Comentários aos Cinco Livros de Moisés, nos trechos referentes às primícias, aos dízimos e às oferendas escreve que estas prescrições têm um significado 5 Calvino deixou em sua vastíssima obra, valiosos e densos comentários sobre a vida material: riquezas, propriedades, trabalho, descanso, banqueiros, empréstimos, impostos, diaconia, remuneração, etc. Para quem quiser se aprofundar neste assunto recomendo
a obra O Pensamento Econômico e Social de Calvino, de André Biéler, publicado pela Casa Editora Presbiteriana. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com Espiritual.

Assim, comentando a exigência do imposto do templo (Ex 30.16) ele escreve: Deus os taxou todos a uma e a mesma soma, a fim de que, desde o maior até o menor, cada qual, qualquer que fosse o seu estado ou qualidade, reconhecesse que Lhe pertencia inteira e totalmente. E não é de maravilhar, visto que era esse (como se diz) um direito pessoal e as faculdades não se creditam a que o rico, de fato, contribuísse mais do que o pobre, mas antes, que o tributo era pago igualmente pessoa por pessoa. Comentando o texto de Mt 17.24 ele acrescenta: Sabemos que a Lei lhes impunha pagar cada um anualmente meio estáter e que Deus, que os havia resgatado, era para eles o Rei Soberano. Ou seja, para Calvino, este imposto simboliza a redenção que Jesus efetua em favor de cada pessoa do seu povo. Da mesma forma, comentando sobre as primícias, “Calvino afirma que São Paulo mostra que se a oferta das primícias, como rito, foi abolida, guarda-nos, todavia, o significado espiritual.”6 Sem a cerimônia, permanece ainda a verdadeira observância, quando nos exorta ele a glorificar o nome de Deus, até mesmo no beber e no comer (1 Co 10.31)7

Comentando o voto de Jacó em Gn 28.22 (E, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo), Calvino escreve: Os atos externos não caracterizam os verdadeiros servidores de Deus, são apenas subsídios de piedade.8 Comentando 2 Co 8.8, o reformador escreve: Verdade é que, por toda parte, ordena Deus que acorramos a ajudar os irmãos em suas necessidades; mas, verdade é também que nenhuma passagem há em que nos defina a soma, quanto lhes devemos dar, a fim de que, feita estimativa de nossos bens, repartamo-los entre nós e os pobres; nem, de maneira semelhante, onde nos obriga a certas circunstâncias, nem de tempo, nem de pessoa, nem de lugar, mas à regrada caridade nos conduz.9 No entanto, Calvino não deixa de enfatizar aquilo que já vimos: o ensino a respeito da generosidade e a precaução contra a avareza: A vontade liberal é agradável a Deus tanto do pobre quanto do rico... verdade é que é bem certo que devemos a Deus não apenas uma parte, mas, afinal, tudo o que somos e tudo o que temos. Entretanto, segundo Sua benevolência, até esse ponto nos poupa, que Se contenta desta comunicação que o Apóstolo aqui ordena. O que, pois, ensina ele aqui é um relaxamento, por assim dizer, daquilo a que somos obrigados no rigor do direito. Contudo nosso dever é estimular-nos a nós mesmos a darmos com freqüência. Não há temer que sejamos exageradamente descomedidos neste aspecto, pelo contrário, há é o perigo de sermos demasiado sovinas.10 Ainda comentando 2 Co 8.8, Calvino acrescenta: Ora, esta doutrina é necessária contra um bando de visionários que pensam que nada havemos feito, se não nos despojamos inteiramente para termos tudo em comum. Na verdade, tanto fazem por sua fantasia, que ninguém pode dar ajuda em boa consciência. Eis porque é preciso observar-se diligentemente a moderação de São Paulo, a saber, que nossa ajuda seja agradável a Deus, quando de nossa abundância acorremos à necessidade dos irmãos, não de tal maneira que tenham a ponto de regurgitarem, enquanto nós ficamos na condição de 6 Biéler, op. cit. p. 473, negrito acrescentado.

7 Sermão de Calvino sobre Dt 14.21-28, negrito acrescentado. 8 Comentários aos Cinco Livros de Moisés 9 Comentários ao Novo Testamento 2 Co 8.8, destaque acrescentado. 10 Idem Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com necessitados, mas antes, que do nosso distribuamos segundo o permite nossa própria capacidade, e com alegria de coração e ânimo disposto.11 Conclusão Todos os presbiterianos, por ocasião de sua profissão de fé, ouvem as seguintes palavras: Crê que as Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento são a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática dada por Ele à sua Igreja, e que são falsas e perigosas todas as doutrinas e cerimônias contrárias a essa palavra, e todos os usos e costumes acrescentados à simples lei do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo? Ao que respondemos: Creio O que devemos fazer? A confissão que fizemos nos lembra que tudo o que é extrabíblico é, na verdade, anti-bíblico, que qualquer imposição que se revele sem raízes nas Escrituras deve ser considerada falsa e perigosa, mesmo que tenha sido instituída com propósitos elevados. O dízimo tradicionalmente praticado pelos evangélicos é bíblico? Se não for não podeser legitimamente exigido de nenhum membro.

Já se afirmou que se o dízimo for extinto a igreja perderá o seu sustento. Ora, este não é um argumento bíblico. Respondemos que a doutrina bíblica nunca prejudicará a vida da igreja e que a verdade jamais será perniciosa; pelo contrário, se tivermos a determinação de ensinar que os membros são livres para dar ou não dar, que não há patamar mínimo exigido, que Deus ama a quem dá com alegria, que devemos ser generosos, guardar-nos da avareza, ser prontos em repartir, acumular tesouros no céu... Deus responderá derramando sobre a Sua igreja bênçãos sem medida. Amém..!


POSTADO POR
DAVID PESSÔA DE BARROS
Um Pesquisador bíblico.
DEZEMBRO DE 2009.

DÍZIMO OU DÍZIMA ? LEIA A VERDADE SOBRE O DÍZIMO...!

A VERDADE SOBRE O DÍZIMO

O que é dízimo? Imediatamente você poderá imaginar: Dez por cento dos meus rendimentos para os cofres da igreja. Mas, será que o Senhor Deus ainda exige que praticamos alguma ordenança da lei do Antigo Testamento (da qual foi instituído o dízimo), mesmo depois que o seu amado filho Jesus, se entregou a si mesmo em sacrifício vivo e pela aspersão do seu sangue na cruz nos remiu dos pecados. Vamos meditar na palavra, e conhecer a verdade que envolve esse MITO chamado “dízimo”, que está sendo levado aos fieis de maneira distorcida, por muitos pregadores.

Porem, antes de iniciarmos o nosso estudo, vamos à consulta aos dicionários da língua portuguesa:

Dízimo: A décima parte.
Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.
Como podemos observar, dízimo é a décima parte (de qualquer coisa) menos dos seus rendimentos. Porque a fração equivalente a dez por cento dos rendimentos chama-se Dízima. Mas, os pregadores pedem o dízimo, a confusão já começa por aí, não sabem o que querem e nem o significado do dízimo, porque na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18, 19), o dízimo nunca foi dinheiro para os cofres das igrejas. Os dízimos aos levitas era exatamente dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e dos animais que nasciam em um determinado período. Alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos: Deuteronômio 14.24 a 27 – E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo.

Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa levar, “Ele” instrui, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua mão, (não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus. Portando amados, se o “dízimo” fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que já era espécie.

A palavra não deixa dúvida quanto ao dízimo da lei de Moisés, o qual nunca foi oferecido da forma que está sendo feito, porque o dízimo era consagrado ao Senhor. É profundamente lamentável o que está acontecendo, hoje o dízimo virou uma brincadeira, uma verdadeira farra nas igrejas, porque o dízimo não era dinheiro, mas sim, dez por cento da produtividade, para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje não existe mais a personalidade representativa do levita entre nós.

Então alguém poderá apontar para Malaquias 3.10 para justificar que fora ordenado ao dízimo, ser levado para casa do tesouro. Isso não muda nada, a finalidade do dízimo continua sendo a mesma, ou seja, para produzir o sustento para os levitas.

Se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5 a 12 e Neemias 12.44 a 47 vamos entender melhor o porquê Malaquias mandou levar os dízimos a casa do tesouro. A palavra diz: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento? Mantimento: Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero alimentício, etc.

Ainda em II Crônicas 31.13 a 19, a lei mencionava que o quinhão dos dízimos eram partilhados às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações, segundo o ministério que cada um recebera do Senhor. Hoje o dízimo está sendo totalmente distorcido da forma original para o qual o Senhor Deus o determinou. Está sendo direcionado para o líder da igreja ou à cúpula de uma organização religiosa, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante. Enfim, o dízimo não fora criado para assalariar dirigentes das igrejas ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco destinado a realizar obras missionárias ou mesmo para construir templos.

É inegável, ainda que o dízimo não tivesse sido abolido, hoje o homem estaria desvirtuando a finalidade para a qual lei o instituiu.

No Antigo Testamento, o rigor da ordenança do dízimo era a garantia do mantimento com abundância. Pagava-se o dízimo, para receber recompensa das coisas materiais, mas Cristo em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço, pagou o preço de sangue para que recebamos a paz, a graça e a oferta da vida eterna.

No Evangelho de Cristo, “Ele” nos ensina que não precisamos mais pagar dízimo para garantir as necessidades cotidiana de coisas materiais (alimento, vestimenta, etc.), a prioridade hoje é buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6.25 a 33). E para receber a graça e as bênçãos do Senhor não precisamos pagar mais nada (Mateus 10.7 a 10). É “Ele”, quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos 17.25). Esta verdade sempre foi omissa pelos pregadores.

OS DÍZIMOS ANTES DA LEI
O DÍZIMO DE ABRAÃO - Gênesis 14.18-20 – Abraão deu o dízimo dos despojos da guerra ao Rei Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e foi por ele abençoado.

O DÍZIMO DE JACÓ - Gênesis 28.20-22 – Jacó fez um voto ao Senhor, prometendo-lhe dar o dízimo de tudo quanto ganhasse, se em sua jornada fosse por “Ele” protegido e abençoado.

Em ambos os acontecimentos, não há registro na palavra do Senhor que tenha havido ordenanças ou determinação para que se dessem os dízimos. Especificamente nesses casos, deu-se por uma iniciativa voluntária, espontânea, ou por voto, como forma de reconhecimento, agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas vitórias conquistadas. Assim sendo, hoje não se pode tomar como exemplo os dízimos de Abraão e Jacó, como fundamento para implantá-lo como regra geral de doutrina nas igrejas, com o propósito de receber bênçãos e salvação, como muitos pregadores fazem, coagindo e chantageando os fieis em nome do sacrifício do Senhor Jesus.

O DÍZIMO PELA LEI - Números 18.21, 24, 26 – O pagamento do dízimo teve ordenança, fazendo parte do contexto da lei do Antigo Testamento, e tinha caráter de caridade, pois a sua principal finalidade era suprir as necessidades dos Levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida, e também dos estrangeiros, órfãos e viúvas.

Deuteronômio 14.29 - Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.

Está na palavra, o Dízimo foi criado por Deus, com a finalidade exclusiva de fazer caridade aos necessitados, hoje é empregado com outros fins, diverso daquele que o Senhor mandou. Mas, ainda que os dirigentes das igrejas revertessem toda a renda dos dízimos e ofertas em obras sociais, ainda não estavam em conformidade com a palavra do Senhor, pois alem do dízimo ter sido abolido (Hebreus 7.5-12), a caridade ou amor ao próximo, é algo muito profundo, é individual e intransferível, é entre você e Deus (Mateus 6.1 a 4).

Outro detalhe interessante que precisamos conhecer, quando o dízimo foi instituído pela lei (Números 18.20 a 24), com a finalidade de manter os filhos de Levi que administrariam o ministério na tenda da congregação, o quais não receberam parte nem herança na terra prometida, (Números 18.24”b”), disse o Senhor que os filhos de Levi não teriam nenhuma herança no meio dos filhos de Israel.

As demais tribos de Israel dizimavam aos Levitas o necessário para a manutenção cotidiana, porque não possuíam propriedades na terra. Hoje, a situação está inversa, os trabalhadores, a maioria deles assalariados, ofertam o dízimo para os que vivem sem trabalhar e em abundância de bens, para manter a mordomia desses, sob pretexto de ministrar a obra de Deus.

O DÍZIMO NO EVANGELHO DE CRISTO - Marcos 16. 15 e 16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado.

O Senhor Jesus mandou pregar o Evangelho, para que crendo, recebamos a salvação (I Coríntios 15.1, 2). Foi para isso que “Ele” deu a sua vida. E onde está a ordenança para o dízimo, senão no Antigo Testamento? Porque então o homem insiste em pregar e manter as ordenanças da lei, as quais foram por Cristo abolidas? Pregar a velha aliança, é mutilar o Evangelho de Cristo, e sobrecarregar as ovelhas de pesados fardos, escravizando os que buscam a liberdade, verdadeiros condutores cegos, porque o Senhor assim os declara (Mateus 15.14).

No Evangelho de Cristo “Ele” nos ensina fazer caridade, nos ensina a orar, a jejuar (Mateus 6.1 a 18), e uma infinidade de outros ensinamentos, porém nas duas únicas vezes que “Ele” referiu-se aos dízimos, foi com censura. Vejamos: Mateus 23.23 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o Juízo, a misericórdia e a fé; deveis porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.

Alguém poderá considerar que Jesus ordenou que se dizimasse, porque “Ele” disse que “Deveis fazer estas coisas”. Vamos buscar o entendimento espiritual na palavra do Mestre: Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4). Portanto, viveu Jesus na tutela da lei de Moisés, reconheceu-a, e disse dessa forma, pela responsabilidade de cumprir a lei. Vejamos: Mateus 5.17, 18 – Disse Jesus: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.

E verdadeiramente Ele cumpriu a lei. Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), curou o leproso e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou (Mateus 8.4, Levíticos 14.1...), e cumpriu outras formalidades cerimoniais da lei.
Porém, quando Cristo rendeu o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver, pela graça do Senhor Jesus, encerrando-se ali, toda ordenança da lei de Moisés, sendo abolido o Antigo e introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação do Senhor Jesus Cristo.

O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os Judeus a viverem bem a Velha Aliança, “Ele” disse: “Um novo mandamento vos dou” João 13.34. “Se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão” (Gálatas 2.21). Em Mateus 5.20 disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés, lei que ordena o pagamento do dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino dos céus, não podemos de forma alguma cumprir o ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, hipócritas, mas precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida. A “Graça” do Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.

A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se aos dízimos, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9 a 14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um homem religioso, que jejuava duas vezes por semana e dizia ser dizimista fiel, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor. Hoje não é diferente, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”, mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo deixou bem claro, que no Evangelho, não há galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.

A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS - Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão”.

Neste versículo, a palavra afirma que os sacerdotes Levitas recebiam os dízimos por ordem da lei de Moisés. Hebreus 7.11 – “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão”? (referindo-se a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).

Hebreus 7.12 – “Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei”.

Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor diz: “Que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei” (Hebreus 7.5), “Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei” (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), a palavra não deixa qualquer sombra de dúvida, que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente, mudou também a lei.

AQUI TOMAM DÍZIMOS HOMENS QUE MORREM - A nossa maior preocupação em relação aos pregadores que tomam o dízimo do povo, vem incidir sobre o versículo 8 deste Capítulo, observem o porquê:
Hebreus 7.8 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.

Toda cautela no que diz a palavra: Aqui tomam dízimos homens que morrem, ali aquele que se testifica que vive (alusão ao Rei Melquisedeque).
No Evangelho de Mateus 22.32, disse Jesus que Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos. O Senhor Jesus Cristo disse que Deus, é Deus dos vivos e não é Deus dos mortos, e a palavra diz que aqui tomam dízimos homens que morrem, no que está legitimado no Evangelho de João 11.26, onde disse Jesus: “Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá”. Essa afirmativa do Senhor é mais uma evidência que nos faz entender, que os que tomam o dízimo não crêem em Jesus, porque a palavra está dizendo que morrerão os que assim procedem, tomando o dízimo do povo voltam a viver as ordenanças da lei de Moisés que fora por Cristo abolida.

Diante da Palavra de Deus, até onde recebemos entendimento, dar e receber dízimo é obra morta, ou seja, obra da justiça da Lei do Velho Testamento.
Crer e viver por essa prática é estar sem a graça de Deus, pois assim explica a Bíblia. Estar sem a graça de Deus, é estar morto.

Certamente que, sem Cristo e, cumprindo e se justificando pela lei, qualquer homem ainda não tem a vida eterna, tanto o que dá e, também, o que recebe o dízimo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS - No Evangelho de Cristo não há ordenança para se tomar o dízimo, ou para se cumprir qualquer outro rito da lei. Jesus nos deu um Novo Mandamento, mandou pregar o seu Evangelho, ordenou amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, isto é, com caridade, e não estipulou percentual ou limite para isso. Em Mateus 10.42 o Senhor mandou dar pelo menos um copo de água fria; para o mancebo rico Ele mandou vender tudo e dar aos pobres (Mateus 19.21); e quando Zaqueu lhe disse que daria ate a metade de seus bens aos pobres, “Ele” não confirmou a necessidade desse procedimento (Lucas 19.8, 9). Disse apenas: “Zaqueu, hoje veio salvação a esta casa.

Muitos saem em defesa do dízimo dizendo: “Mas o Dízimo é bíblico” (Número 18.21 a 26). Certamente, como também é bíblico: a circuncisão (Gênesis 17.23 a 27), o sacrifício de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8 a 13), a santificação do sábado (Levíticos 23.3), o apedrejar adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. Tudo por ordem da lei de Deus que Moisés introduziu ao povo.

Então porque hoje, não cumprem a lei na íntegra, ao invés de optarem exclusivamente pelo dízimo? Querem o dízimo porque é a garantia de renda líquida e certa todos os meses nos cofres das igrejas.

O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é a grande divisão existente no tempo separando a Velha Aliança do Novo Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação (I Coríntios 15.1, 2). Porém, hoje qualquer esforço para voltar a lei de Moisés que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do cordeiro de Deus e reconstruir o muro por “Ele” derrubado (Efésios 2.13 a 15).
Apocalipse 5.9 - “...Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações”.
Portanto irmãos, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou dando o seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: “Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens” (I Coríntios 7.23).

O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias. Primeiramente, pela contribuição dos que arcam com esta pesada carga tributária, na maioria das vezes pela ausência de entendimento espiritual da palavra de Deus, não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais, com a Graça do Senhor Jesus Cristo, o qual veio justamente para nos libertar do jugo da Lei.

Outra presunção é por parte dos que se beneficiam pelos dízimos, esses incorrem no erro ou por não terem competência e discernimento espiritual para entender que Cristo desfez a lei Mosaica na cruz, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente pela desobediência à palavra do Senhor.

Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, Cristo aboliu, com o seu próprio sangue na cruz do Calvário: (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios 2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus 7.12,18, 19). Gálatas 5.14 - Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amaras ao teu próximo com a ti mesmo.


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Postado por
DAVID PESSOA DE BARROS
Um pesquisador biblico

sábado, 25 de setembro de 2010

A INFÂNCIA DE CRISTO

A INFÂNCIA DE CRISTO
(SEGUNDO TIAGO)

INTRODUÇÃO
Apresentamos, numa versão modernizada, textos considerados apócrifos e que trazem importantes informações a respeito da vida de Cristo, preenchendo lacunas até então criadas pelos Evangelhos constantes da Bíblia. Estes textos retratam os acontecimentos que precederam o nascimento de Cristo, contando a história de Maria e da natividade, além da história da infância do Senhor Jesus, no Evangelho de Tomé. Há também excertos do Livro da Infância do Salvador, onde a vida de Jesus, dos cinco aos doze anos, é retratada.

Vale lembrar que numa outra obra desta coleção, o Evangelho de São Pedro, a Infância de Cristo é apresentada na sua íntegra, mostrando fatos e passagens importantes da vida do Senhor Jesus, nos seus primeiros anos. Os textos chamados de apócrifos são aqueles não incluídos pela Igreja no Cânon das
Escrituras autênticas e divinamente inspiradas. Como foi feita essa seleção, até hoje a Igreja não explicou adequadamente. Se inspirados ou não, são relatos dos primeiros tempos do Cristianismo, importantes para quem deseja
conhecer a fundo essa religião.

A NATIVIDADE
Este livro, apesar de conhecido como o Evangelho de Tiago ou Proto-Evangelho de Tiago, tem sua autoria desconhecida. Publicado em fins do século XVI, não se sabe exatamente ainda qual a época em que foi escrito, mas os maiores estudiosos dos Livros Apócrifos afirmam que é anterior aos Quatro Evangelhos Canônicos, servindo, em muitos aspectos, como base para estes. O Proto-Evangelho de Tiago conta a vida de Maria, seu nascimento de Ana e Joaquim, considerados estéreis, de como foi sua educação no Templo até a sua puberdade, como se deu a escolha de seu futuro esposo, José, velho, viúvo e pai de seis filhos: Judas, Josetos,

Tiago, Simão, Lígia e Lídia. Continua, narrando a concepção e a virgindade, que se manteve após dar à luz o Salvador, numa caverna. Fala da estrela misteriosa e radiante, que guiou os magos até a caverna e da nuvem de luz que pairou sobre o local, na hora em que o Senhor Jesus nascia. Narra, também, a participação da parteira que testemunhou a virgindade de Maria, após o
nascimento do Senhor E cita o testemunho de uma parteira que constatou a virgindade-de Maria após dar à luz.

PROTO-EVANGELHO DE TIAGO

ISegundo narram as memórias das doze tribos de Israel, havia um homem muito rico, de nome Joaquim, que fazia suas oferendas em quantidade dobrada, dizendo:
O que sobra, ofereça-o para todo o povoado e o devido na expiação de meus pecados
será para o Senhor, a fim de ganhar-lhe as boas graças. Chegou a grande festa do Senhor, na qual os filhos de Israel devem oferecer seus donativos.
Rubem se pôs à frente de Joaquim, dizendo-lhe:
Não te é lícito oferecer tuas dádivas, enquanto não tiveres gerado um rebento em Israel. Joaquim mortificou-se tanto que se dirigiu aos arquivos de Israel, com intenção de consultar o censo genealógico e verificar se, porventura, teria sido ele o único que não havia tido prosperidade em seu povoado.
Examinando os pergaminhos, constatou que todos os justos haviam gerado descendentes. Lembrou-se, por exemplo, de como o Senhor deu Isaac ao patriarca Abraão, em seus derradeiros anos de vida. Joaquim ficou muito atormentado, não procurou sua mulher e se retirou para o deserto. Ali armou sua tenda e jejuou por quarenta dias e quarenta noites, dizendo: Não sairei daqui nem sequer para comer ou beber, até que não me visite o Senhor meu Deus. Que minhas preces me sirvam de comida e de bebida.
Ana lamentava-se e gemia dolorosamente, dizendo: Chorarei minha viuvez e minha esterilidade. Chegou, porém, a grande festa do Senhor e disse-lhe Judite, sua criada: Até quando vais humilhar tua alma? Já é chegada a festa maior e não te é lícito entristecer-te. Toma este lenço de cabeça, que me foi dado pela dona da tecelagem, já que não posso cingir-me com ele por ser eu de condição servil e levar ele ao selo real.
Disse Ana:
Afasta-te de mim, pois que não fiz tal coisa e, além do mais, o Senhor já me humilhou em demasia para que eu o use. A não ser que algum malfeitor o haja dado e tenhas vindo para fazer-me também cúmplice do pecado. Replicou Judite: — Que motivo tenho eu para maldizer-te, se o Senhor já te amaldiçoou não te dando fruto de Israel? Ana, ainda que profundamente triste, despiu suas vestes de luto, cingiu-se com um toucado, vestiu suas roupas de bodas e desceu, na hora nona, ao jardim para passear. Ali viu um loureiro, assentou-se à sua sombra e orou ao Senhor, dizendo: Ó Deus de nossos pais! Ouve-me e bendize-me da maneira que bendisseste o ventre de Sara, dando-lhe como filho Isaac!
Tendo elevado seus olhos aos céus, viu um ninho de passarinhos no loureiro e novamente lamentou-se dizendo:
— Ai de mim! Por que nasci e em que hora fui concebida? Vim ao mundo para ser como terra maldita entre os filhos de Israel. Estes me cumularam de injúrias e me escorraçaram do templo de Deus. Ai de mim! A quem me assemelho eu? Não às aves do céu, pois elas são fecundas em tua presença, Senhor. Ai de mim! A quem me pareço eu? Não às bestas da
terra, pois que até esses animais irracionais são prolíficos ante teus olhos, Senhor. Ai de mim! A quem me posso comparar? Nem sequer a estas águas, porque até elas são férteis diante de ti, Senhor. Ai de mim! A quem me igualo eu? Nem sequer a esta terra, porque ela também é fecundada, dando seus frutos na ocasião própria e te bendiz, Senhor.
IV
Eis que se lhe apresentou o anjo de Deus, dizendo-lhe:
— Ana, Ana, o Senhor escutou teus rogos! Conceberás e darás à luz e de tua prole se falará
em todo o mundo.
Ana respondeu:
— Viva o Senhor meu Deus, que, se chegar a ter algum fruto de bênção, seja menino ou
menina, levá-lo-ei como oferenda ao Senhor e estará a seu serviço todos os dias de sua
vida.
Então vieram a ela dois mensageiros com este recado:
— Joaquim, teu marido, está de volta com seus rebanhos, pois que um anjo de Deus desceu
até ele e lhe disse que o Senhor escutou seus rogos e que Ana, sua mulher, vai conceber em
seu ventre.
Tendo saído Joaquim, mandou que seus pastores lhe trouxessem dez ovelhas sem mancha.
Disse ele:
— Estas serão para o Senhor.
Mandou, então separar doze novilhas de leite, dizendo:
— Estas serão para os sacerdotes e para o sinédrio.
Finalmente, mandou apartar cem cabritos para todo o povoado.
Ao chegar Joaquim com seus rebanhos, estava Ana à porta e, ao vê-lo chegar, pôs-se a correr e atirou-se ao seu pescoço dizendo: Agora vejo que Deus me bendisse copiosamente, pois, sendo viúva, deixo de sê-lo e, sendo estéril, vou conceber em meu ventre. Então Joaquim repousou naquele dia em sua casa.
No dia seguinte, ao ir oferecer suas dádivas ao Senhor, dizia para consigo mesmo: — Saberei se Deus me vai ser favorável se eu chegar a ver o éfode do sacerdote.
Ao oferecer o sacrifício, observou o éfode do sacerdote, quando este se acercava do altar de
Deus, e, não encontrando pecado algum em sua consciência, disse: — Agora vejo que o Senhor houve por bem perdoar todos os meus pecados. Desceu Joaquim justificado do templo e foi para casa. O tempo de Ana cumpriu-se e no nono mês deu à luz. Perguntou à parteira: — A quem dei à luz? A parteira respondeu: — Uma menina. Então Ana exclamou:
Minha alma foi enaltecida — e reclinou a menina no berço.
Ao fim do tempo marcado pela lei, Ana purificou-se, deu o peito à menina e pôs-lhe o nome de Maria.
Dia a dia a menina ia robustecendo-se. Ao chegar aos seis meses, sua mãe deixou-a só no chão, para ver se sustentava-se de pé. Ela, depois de andar sete passos, voltou ao regaço de sua mãe. Esta levantou-se, dizendo: — Salve o Senhor! andarás mais por este solo, até que te leve ao templo do Senhor.
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POSTADO POR
DAVID PESSÔA DE BARROS.

COMO SURGIU A MAÇONARIA DO MUNDO ?

MAÇONARIA...COMO SURGIU NO MUNDO ?

( SÓ MAÇONARIA )

Nascidos do Sangue:
Os Segredos Perdidos da Maçonaria (uma resenha)
A Todos os Meus Sobrinhos

Sob a recomendação do Sereníssimo Grão-Mestre da GLUSA (Grande Loja Unida Sul-Americana), Weber Varrasquim, li este excelente livro de John J. Robinson, um pesquisador declaradamente “não Maçom nem Católico Romano” que elaborou uma das melhores Obras especulativas sobre as origens da Maçonaria jamais escritas.

Inicialmente, agradece entusiasticamente a atenção e prestimosidade de todos os bibliotecários e livreiros (Maçons e não Maçons) nos locais em que pesquisou em três países: EUA, Inglaterra e França. Partindo da premissa aceita quase universalmente de que a Maçonaria teria sua origem nas guildas de pedreiros medievais fica genuinamente frustrado – e percebe genuína frustração – ao encontrar, nas referências às guildas de pedreiros em todas as bibliotecas maçônicas e não maçônicas em que pesquisou, informações detalhadas dando conta de que são sempre circunscritas a determinados locais, sempre competitivas umas com as outras e muito raramente cooperativas e, finalmente, sempre abençoadas pela Igreja Católica Romana.

Não encontrou, em sua longa e acurada pesquisa, qualquer referência que pudesse justificar os segredos e a necessidade (ou explicação plausível) para palavras, toques e sinais ou juramentos e auto-proteção nas guildas de pedreiros medievais.

Chama a atenção para uma série de coisas, a começar pela recorrência mundial de sociedades secretas que se disfarçam em coisas diferentes daquelas que sejam motivação final. Exemplificando, cita uma organização secreta de militares japoneses (a Shindo Rommei) que, durante a Segunda Grande Guerra, se infiltraram na Amazônia com vistas a detalhar os melhores meios de explorar os recursos naturais do local quando da esperada vitória nipônica. Disfarçaram-se como pescadores e todos os seus códigos giravam em torno de termos ligados à pesca.

Especula: se os Maçons se disfarçaram nas guildas de pedreiros medievais qual seria sua verdadeira origem? E quais os motivos e significados de tantos segredos, sinais, palavras, símbolos, etc.?

A Rebelião Britânica de 1381

Como todo o pesquisador sério, busca todos os indícios plausíveis. Localiza na história uma rebelião que sacudiu a Grã Bretanha em 1381 e é usualmente narrada como uma “inexplicável rebelião camponesa”. Tal rebelião, antes de ser violentamente sufocada, prestava solidariedade e apoio ao Rei mas reivindicava – de maneira bem explicada – que o Rei se acautelasse contra os maus conselheiros franceses que o assessoravam e tinha como mira algumas propriedades e autoridades ligadas aos Cavaleiros Hospitalários.
Subitamente e em vários pontos bastante distantes da Inglaterra, espocou a rebelião que imediatamente reconheceu como líder um homem até então absolutamente desconhecido e que tinha ou adotou o nome de Wat Tyler (a palavra “Tyler” em inglês significa “telhador” ou “fabricante de telhados e telhamento”). A curiosidade de Robinson, que conquistou muitos amigos Maçons e tem – como qualquer pessoa – livre acesso a uma série de informações ao alcance de uns poucos cliques do mouse ou a freqüência a qualquer boa biblioteca ou livraria, foi crescendo naturalmente.

Os Templários eram rivais históricos dos Hospitalários, ambas as Ordens tinham Regras complexas elaboradas (a pedido) por Bernardo de Clairvaux, regras que eram, durante a Idade Média, mantidas secretas. Hoje se sabe que os Templários faziam votos de castidade (que, segundo Robinson, era assegurada pelo uso permanente de uma ceroula confeccionada em pele de cordeiro e a proibição de tomar banhos ou da visualização da nudez, própria ou de outrem), voto de pobreza e de auxílio mútuo. Revela o Autor ainda que usavam luvas brancas a fim de preservar as mãos limpas para quando fossem “tocar Deus” – através dos sacramentos – e que, antes de se fecharem em suas reuniões, por exemplo, na antiga construção do que restava do Templo Salomão, onde mantiveram sua sede durante bom tempo das Cruzadas, um dos Irmãos – era assim que aqueles monges guerreiros se tratavam, tal como ocorre em outras Regras religiosas – se postava do lado de fora do local de reunião com a espada em riste para garantir a segurança do encontro contra eventuais ataques dos inimigos ao redor.

O fim dos Templários

Ao ingressar na Ordem dos Templários, oficialmente criada e reconhecida em 1185 e diretamente subordinada ao papa, única autoridade acima do Grão Mestre, o monge abria mão de toda a sua propriedade em prol da Ordem que, a este tesouro agregou muito do que foi conquistado ou transacionado durante o auge das Cruzadas. Os Templários se tornaram uma das mais sólidas forças econômicas da Idade Média e chegavam a efetivar muitas transações parecidas com atividades bancárias.

Com a Europa cercada ao Norte pelos Vikings, ao sul e sudeste pelos Muçulmanos e a leste ora por Hunos, ora por Mongóis, era importante contar com um grupo armado capaz de proteger riquezas em transportes ou mesmo garantir o pagamento de pequenos montantes mediante apresentação de uma identificação positiva do portador do que seria equivalente a um “título bancário” moderno. Fosse metade de uma jóia com encaixe perfeito ou uma carta criptografada na qual se revelavam as perguntas a serem feitas ao portador que, respondendo apropriadamente, receberia o crédito esperado em qualquer unidade dos Templários em qualquer lugar da Europa, África ou Palestina. Ao invés de viajar com riquezas, muitos preferiam contar com este serviço dos Templários que, naturalmente, cobravam um valor justo para realizá-lo e assim ampliavam seu tesouro.

O ano de 1305 encontra a Ordem dos Cavaleiros do Templo e a Ordem dos Hospitalários sediados na ilha de Chipre, pois os muçulmanos haviam retomado a Terra Santa. Ansiavam por uma última Cruzada, que jamais ocorreu. O rei da França Felipe de Valois, conhecido como “Felipe o Belo”, concebeu um plano voltado a apoderar-se da enorme riqueza dos Templários e ter perdoada sua enorme dívida para com a Ordem e assim amealhar recursos para seus projetos temporais de ampliação territorial sobre a Inglaterra. Para tanto precisava da aquiescência do papa Clemente V (Bernardo de Goth, ex-arcebispo de Bordeaux) que, imediatamente, concebeu o plano de unificar as duas Ordens rivais, ou subordinar todos aos Hospitalários.

Convocou os dois Grãos Mestres de ambas as Ordens a um encontro em Paris. O Grão Mestre dos Hospitalários deu uma desculpa convincente e faltou ao encontro. Jacques De Molay, Grão Mestre dos Templários, então contando quase 70 anos de idade, compareceu ao encontro com dois documentos: um plano detalhado para uma nova Cruzada (que presumia ser o principal motivo da convocação) e um arrazoado explicando as diferenças e motivos que considerava relevantes para manter Templários e Hospitalários como ordens distintas.

De Molay foi recebido com todas as honras em Paris. Durante dois anos – período durante o qual Felipe de Valois ficou de apresentar sua decisão final sobre os dois documentos trazidos por Jacques De Molay – Guilherme de Nogaret, ministro de Felipe “o Belo”, arquitetou o plano para aprisionar a um só tempo todos os Templários em todos os pontos da Europa. Foram expedidas cartas lacradas aos senescais (líderes políticos e religiosos locais) de todas as paróquias com ordens expressas de somente abri-las a 12 de setembro de 1307. Naquela data, Jacques De Molay contava-se entre os maiores nobres da Europa a carregarem o caixão da princesa Catarina, falecida esposa do irmão do rei Felipe, Carlos de Valois. No mesmo momento em que o Grão Mestre dos Templários participava deste solene evento fúnebre em companhia dos nobres, não havia meios que lhe permitissem saber da trama, menos ainda do conteúdo das cartas que, abertas, tornariam a sexta-feira 13 (naquele caso de setembro de 1307) o dia mais aziago do ano: 15 mil homens (o número total de Cavaleiros Templários) deveriam ser aprisionados em grilhões especialmente confeccionados e despachados a todos os pontos com esta finalidade.
As acusações que conduziram os Templários a tal situação, evidentemente forjadas, variavam de pederastia até a profanação de objetos sagrados passando por uma gama variegada de peculiares consideradas sacrílegas e heréticas ao imaginário da Santa Inquisição.

De defensores maiores da Fé Católica, subordinados diretamente ao papa, autoproclamado “Vigário de Deus na Terra”, passaram os Templários, na sexta-feira 13 de setembro de 1307 à condição de hereges e, como tal, deveriam ser e a maior parte deles o foi, supliciado de maneiras monstruosas como, após anos de torturas as mais diversas, ter o ventre aberto a faca e ver suas entranhas serem arrancadas e jogadas ao fogo morrendo lentamente entre tormentos atrozes... Aqueles que assistiram ao filme “Coração Valente”, de e com Mel Gibson, vislumbraram como eram as práticas da Santa Inquisição naquele período histórico embora haja uma falha no filme: a Santa Inquisição não era então admitida na Inglaterra. Já o suplício é nele retratado com realismo. Um número enorme de Templários recebeu a pena de sofrerem a morte na fogueira; alguns com o beneplácito de ter um colar de pólvora amarrado ao pescoço (o que apressava a morte) outros em lenha seca, ardendo lentamente...

Jacques De Molay foi supliciado por 7 anos. Sob tortura o cidadão confessa tudo o que o torturador desejar ouvir – aliás, é justamente por isso que a tortura não é aceita como método para se extrair confissões na maior parte dos países ditos civilizados do mundo contemporâneo, embora saibamos que mesmo o mais poderoso e autoproclamado mais civilizado de todos ainda o pratique escandalosamente como se vê em Abu Ghraib e Guantánamo, não para extrair confissões mas como mera prática de sadismo.

Não satisfeitos, o rei e o papa consideraram que uma confissão pública de culpa seria a única coisa que poderia convencer a todos de que os “crimes” inacreditáveis imputados aos Templários eram realmente verídicos. O Grão-Mestre Jacques De Molay e Guy D’Alvergnie, um dos mais elevados cavaleiros Templários foram conduzidos – corpos envelhecidos e alquebrados por sete anos de suplícios nos calabouços e masmorras francesas – ao cadafalso onde, após a confissão, lhes seria garantida uma morte rápida. Juntando todas as suas forças morais, ambos negaram a quantos ali estavam para ouvir, todas as supostas heresias de que eram incriminados. A pena para tal comportamento segundo as leis da Santa Inquisição era uma só: morte na fogueira. Toda a riqueza dos Templários foi transferida para a Ordem dos Hospitalários por ordem do papa.

Enquanto isso...
Na Inglaterra a Santa Inquisição não era recebida em 1307. Menos ainda na Escócia. Na Península Ibérica (faceando-se aos mouros dentro de seu próprio território) os dirigentes não manifestaram qualquer disposição para erradicar seus mais valorosos defensores, mesmo que ali o aparato da Santa Inquisição atuasse dramaticamente. Na região da Prússia (mais ou menos onde ficam hoje a Alemanha e a Polônia) tampouco houve perseguições significativas. Os Templários eram poderosa e segura barreira contra os magiares e mongóis.

Estas circunstâncias propiciaram tempo, bastante tempo, aos remanescentes dos Templários, irmanados por laços ainda mais fortes ao perder o seu vínculo com Deus através da Igreja Católica Romana, profundamente religiosos e acostumados a um linguajar codificado, à auto-proteção diante de um adversário poderoso e grande habilidade bélica, a que se articulassem para resistir “na clandestinidade”, como diríamos hoje. Tais circunstâncias obrigam ainda a, refeitos do susto e do medo, repensar os fundamentos de sua Fé e mesmo nutrir sentimentos de vingança.

Examinando cautelosamente todos que apresentassem potencial, concediam Iniciação à Ordem àqueles que tivessem justos motivos para temer a mão pesada do papado e de sua Santa Inquisição. Assim, não é delirante supor que muitos alquimistas e rosacruzes, entre outros proscritos, tenham encontrado refúgio seguro sendo aceitos entre estes irmãos perseguidos tão injustamente pela Igreja Católica Romana.

Afastados das obrigações estritas da Regra inicialmente criada por Bernardo de Clairvaux, tais como os votos de castidade e pobreza, se aqueles Templários se mantiveram ativos em segredo, como tudo leva a crer, mantiveram uma série de comportamentos e ensinamentos, disfarçando-os, e acrescentaram uma série de outros de acordo com a evolução dos tempos. Por exemplo: no seio de que outro grupo encontrar refúgio para o desenvolvimento das ciências – particularmente condenadas pelo Vaticano – no quadro da Europa Medieval? Reporta-se que, em momentos de grandes incêndios na Europa, em especial na Inglaterra (no século XVII ocorreram grandes incêndios em Londres e Edimburgo, capital da Escócia) a reconstrução, em especial a Geometria, tomou conta desta Organização então Secreta com tal vigor que esta palavra tornou-se praticamente sinônimo de Maçonaria.

Um grupo grande de homens, coeso, irmanado e subitamente perseguido pela Igreja que até então venerava, encontrou meios de sobreviver, manter-se e progredir a despeito de todas as agruras, perseguições, campanhas mentirosas e crises. Sempre se suspeitou haver alguma forma de conexão entre a Ordem dos Templários e a Maçonaria, mas poucas provas se apresentavam e nenhuma suficientemente convincente. Aquelas apresentadas por John J. Robinson convencem além de qualquer dúvida possível.
A mais contundente diz respeito precisamente à Rebelião Camponesa de 1381 na Inglaterra (70 anos depois do decreto papal dissolvendo a Ordem do Templo!) que teve como alvos precisamente os representantes do papado e da monarquia francesa na corte britânica, além da Ordem dos Hospitalários. Liderada por um homem chamado “Tyler” que destruiu boa parte das propriedades e construções dos Hospitalários mas cuidadosamente salvaguardou a principal edificação Templária da Inglaterra, a Igreja da Rua Fleet, consagrada em 1185 pelo Patriarca de Jerusalém.

ANTIGAS OBRIGAÇÕES DA MAÇONARIA:

Na noite de 24 de junho de 1717 as quatro maiores Lojas Maçônicas da Inglaterra uniram-se e decidiram-se a declarar pública a sua existência e hoje a Maçonaria é uma organização civil registrada em cartórios e perfeitamente legalizada na maior parte dos países do mundo. A única exceção que me ocorre, citada inclusive no livro, é o Irã. Observando algumas das “Antigas Obrigações Maçônicas”, muito mais antigas que os famosos Landmarks de Mackey, compreenderemos os motivos. Não vou enumerar todas que estão, como os Landmarks, ao alcance de qualquer pesquisador disposto dar uns cliques com o mouse ou a ir a uma boa biblioteca pública ou livraria. Apenas ressalto, em minhas próprias palavras e como as compreendo, 7 das muitas Obrigações citadas no livro: Só são admitidos à Maçonaria os homens que acreditam num Ser Supremo e na imortalidade da alma.

Nenhum Maçom deve revelar segredos de um Irmão que possam privá-lo de sua vida e propriedade.

O Estado deve ser laico. – penso que aqui esteja a grande divergência do Irã e de qualquer Nação em que a aliança entre a Igreja e o Estado seja constitucional ou o que o valha. Ressalto ainda não existir proibição a que um iraniano (ou ser humano de qualquer nacionalidade ou credo) ingresse na Maçonaria.

Um Irmão viajante em visita deve receber auxílio material imediato, emprego por dois meses e se indicará a próxima Loja para onde irá. – Segundo Robinson este é um claro indicativo de uma Ordem de Cavaleiros perseguidos potencialmente em grande perigo, jamais se encontrou referência a qualquer coisa remotamente parecida com esta recomendação nas guildas de pedreiros medievais.

O Maçom jamais manterá qualquer tipo de contato sexual ilícito com a mulher, a mãe, a filha ou a irmã de outro homem. (Uma forma universal de cavalheirismo particularmente importante numa situação estressante como a de homens em fuga...) O Maçom deve manter um elevado padrão de dignidade, honradez e moralidade. – Neste ponto Robinson pára e medita: seria esta época permissiva, de moralidade difusa e fobia a qualquer forma de comprometimento um empecilho para um maior desenvolvimento da Maçonaria? Não seria mais sensato à sociedade permissiva em que vivemos trazer de volta aqueles valores à sua prática ao invés de olhar para a Maçonaria com desdém ou desconfiança?

É interditado fazer proselitismo de qualquer religião em detrimento de outra numa Loja aberta. – o meu parêntese aqui ressalta uma curiosidade: a Maçonaria não discrimina religião alguma, mas é frequentemente discriminada pela maioria, mais por desconhecimento ou por se manterem com conhecimentos parciais e equivocados.

A única associação verdadeiramente monoteísta do mundo. Se pensarmos bem, esta assertiva, embora subversiva, está corretíssima. Seja como for, a maior parte das religiões (cristãs, muçulmanas, judaicas, etc.) além de um Ser Supremo criador e pai de todos (Deus, Alah, Yavé...), acredita ainda em seu oposto, um tentador ou uma espécie de “anti-deus”. Esta tese tiraria de todas as formas de cristianismo, judaísmo e islamismo a possibilidade de preservar o epíteto de “monoteísta” pois vê uma certa divindade do mal.

De fato, eu mesmo já assisti a algumas palestras cristãs em que o pregador parece efetivamente mais preocupado com a existência do Mal do que com a infinitude, a bondade ou o poder do Deus “único” em que afirma acreditar. Numa única palestra o nome correspondente à entidade suprema do Mal segundo se lhe apresenta é frequentemente repetido mais vezes que o nome de Deus ou, no caso cristão, de seu Filho ou Encarnação Humana.

Na Maçonaria não há a menor referência nesta direção – isto também a diferencia das religiões, que a Maçonaria definitivamente não é uma religião. O erro, segundo a filosofia maçônica, é fruto de falhas morais derivadas de má utilização do livre arbítrio que nos foi dado pelo Criador. O erro jamais é fruto do “incentivo” ou “tentação” de alguma forma de entidade supra-humana na qual não crêem. O Maçom, vale repetir, acredita em um único Ser Supremo e ponto final.
Os Segredos Perdidos

Aponto apenas a direção de 7, dentre os muitos arrolados no livro, como um incentivo a que mais pessoas, sejam Maçons ou tenham pela Maçonaria alguma forma de afinidade, efetivamente o leiam, que este é um livro francamente favorável à Maçonaria, sem perder a lucidez, a objetividade e a imparcialidade.

Qual o significado dos juramentos maçônicos ?
Qual o significado da Iniciação ?
Qual o significado do avental? Qual a sua origem ?
Aquele pavimento quadriculado, como se chama, qual a sua origem e o que significa ?
Qual a origem de uma série de símbolos e desenhos que vemos nas Lojas quando elas se abrem ao público?
Quais as origens e como se refutam algumas das calúnias que, por vezes, se levantam contra a Maçonaria?
Qual o significado do Esquadro e do Compasso com a letra “G” inscrita nele?
Apenas a esta última pergunta aponto a resposta sugerida pelo Autor, que os Maçons imediatamente compreenderão simplesmente observando este desenho.

A Bula Papal Humanum Genus Robinson optou por incluir a mais vigorosa condenação papal à Maçonaria em apêndice no livro. Escrita no contexto das grandes revoluções burguesas da Europa do século XIX, revoluções que suprimiram todas as terras da Igreja e criaram Estados Laicos em toda a Europa e estes se espalhavam por todo o mundo, Leão XIII a escreveu sob grande estresse, sendo promulgada em 1884. São apenas 15 páginas que condenam vigorosamente não apenas a Maçonaria, mas toda e qualquer associação ou organização de seres humanos alheia à Igreja Católica Romana (Protestantes, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Budistas, Positivistas, Socialistas, etc, etc, etc.) Fora da Igreja Católica Romana Leão XIII, o primeiro papa na história que não é rei, nem coroa rei algum, somente enxerga escuridão, pecado e erro.

Lázaro Curvêlo Chaves – Ap.’. M.’.
ARLS Phoenix nº 1
GLUSA

Nascidos do Sangue: os Segredos Perdidos da Maçonaria JOHN J. ROBINSON

O Código Da Vinci Dan Brown

DVD - O Código Da Vinci Revelado


POSTADO PELO PESQUISADOR BÍBLICO
DAVID PESSÔA DE BARROS. 2010.

RAP, ROMANOS, ALEMANHA E OS PRIMEIROS REINOS DA INGLATERRA

Meu caro amigo Tiago Lira: 27-07-2010.

AUTOR:
David Pessôa:

Aqui falaremos da origem Rap, como surgiu o idioma inglês, a primeira invasão dos romanos antes de Cristo; dos Alemães, dos Saxões, dos povos bárbaros, da maçonaria e dos primeiros reinos da Inglaterra )

Recebi o seu e-mail e fiquei contente por saber que você visitou o meu blogs ( davidpessoadebarros.blogspot.com ), pois, do contrário, você não teria usado palavras que são fruteiras do meu roçado.

Na sua correspondência eletrônica você se identifica como “ cantor de rap, compositor e finalmente como cristão “. Durante o percorrer de seus escritos, observei que você como cristão que diz que é não demonstra o respeito que deveria ter para com o nosso Soberano Senhor e Criador teu, meu e de todo o Universo.

Nesse e-mail que você me enviou eu o dividi em três partes e mais uma. Esta última será chamada aqui de “ Palavras quebradas “. ( palavra quebrada é tudo aquilo que se fala sem referência, sem fundamentação, sem qualificação e sem nenhum proveito. É, semelhante aquilo que certa vez falou Jesus: “ Nem tudo que se arrasta na rede de um pescador se presta para comer “.( Retira-se o que é bom e o resto se joga fora ).

1º Religião – Cristianismo;
2º História da Civilização ( história geral )
3º Maçonaria.

E, dentro desse princípio eu irei te responder:

PRIMEIRO:
Você começa falando como se fosse uma pessoa revoltada. Fala de Política, critica as Igrejas Evangélicas por terem dito no passado que Política era coisa do diabo e finaliza dizendo que o diabo encheu as Prefeituras, o Palácio do Planalto de gays, feiticeiros, ladrões e etc. E, sentencia: As Igrejas estão colhendo tantas coisas ruins em nosso país pagando um preço muito alto por isto.

VAMOS COMENTAR O TEXTO


a) - Se as Igrejas Evangélicas falaram no passado que Política é coisa do diabo, eu caro leitor, concordo. Acho até que é coisa pior do que aqueles que governam o inferno.

b) - Abra a bíblia e no livro do Profeta Isaias no cap. 14: v. 12: “ Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva ! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações ! “.( satanás até hoje vem debilitando nações, povos e suas respectivas famílias )

c) Se você lê a bíblia como me parece, bem sabe que satanás no princípio era também um anjo de luz e era até um dos administradores dos céus, daí o chamá-lo de estrela da manhã. Então nasce a pergunta: Por que Deus o expulsou dos céus ?

d) A resposta caro amigo está exatamente no cap. 14: v. 13 do livro de Isaias. Dizia satanás: “ EU SUBIREI AO CEU, E ACIMA DAS ESTRELAS DE DEUS, EXALTAREI O MEU TRONO, E, NO MONTE DA CONGREGAÇÃO, ME SENTAREI, DA BANDA DOS LADOS DO NORTE “ ( Antes de sua expulsão o plano já existia na cabeça desse indivíduo espiritual )

e) E, no versículo 14, do mesmo capítulo e do mesmo livro de Isaías, se complementa: “ SUBIREI ACIMA DAS MAIS ALTAS NUVENS E SEREI SEMELHANTE AO ALTÍSSIMO “. ( ninguém pode ser semelhante à Deus )

f) Não precisa ser teólogo para não perceber que esse texto bíblico fala de uma política criada por satanás para dominar o Reino dos céus e assim ser mais forte do que Deus, o Criador de todas as coisas.

g) Foi também por meio e por causa da Política que Absalão se revolta contra o rei Davi tentando matá-lo para tomar-lhe o reino de Israel. São tarefas criadas e administradas por satanás. Um dos filhos que o rei mais amava e um dos homens mais lindos que a historia bíblica registra. E, se você parar um pouquinho suas atividades e for ler o livro 2º Samuel, a partir do capítulo 15 em diante, você vai ficar horrorizado com política. UM FILHO TENTANDO MATAR O PAI PARA TOMAR-LHE O PODER.

h) E, para terminar esta parte que se refere a Política, quero te dizer que o rei Davi só não foi assassinado porque fugiu de Israel e se escondeu nas montanhas por um longo período.

SEGUNDO:
Eu sinceramente não aceito vê um padre ou um pastor evangélico se metendo em política querendo ser vereador, deputado ou outras atividades do tipo ou mesmo pedindo votos para algum candidato. E, te confesso Tiago Lira que nunca votei em candidatos que ostentam um título de Pastor ou de Padre. As corrupções de que você fala é real e ela não vai se acabar porque o homem tem a tendência para o mal. É bíblico.

a) Quanto a parte em que você diz que, hoje, os cristães estão colhendo tantas coisas ruins...Eu não concordo com você, pelo contrário, as Igrejas evangélicas cresceram e vem crescendo muito, basta você mergulhar nas pesquisas evangélicas em todo o mundo. Todas as vezes em que um pastor ou um padre impõe certa disciplina e certa dose de respeito dentro de suas Igrejas elas ficam mais fortes.

b) Uma Igreja sem disciplina e sem ordem termina semelhantemente ao que aconteceu com o Sacerdote ELY que administrava o templo em Jerusalém. Enquanto ele temia a Deus de todas as formas, seus filhos, também Sacerdotes, se prostituíam dentro e nas dependências do templo. O que Deus fez ? você e todo mundo sabe perfeitamente. Morreu Ely e depois seus filhos e o serviço do templo passou para outras mãos.

DO RAP

TERCEIRO:
Quanto ao grupo de jovens cantar rap nada tenho à contestar. Cada um faz o que lhe convém fazer, mas, nunca no altar do templo religioso. O altar é local sagrado para se pregar a palavra bíblica e para oferecer louvores ao nosso Soberano Deus. Rap nem canção é. Ninguém canta rap, mas, fala, como se estivesse denunciando alguma coisa.

QUARTO:
Rap se esconde por trás de suas gírias e seus xingados. Suas danças tipos africanas tem conquistados muitos jovens inexperientes e inadvertidos, principalmente aqueles que gostam de aventuras. E, se você não sabe quem fez o rap crescer no mundo, eu te diigo: foi justamente o mundo marginal. Nos Estados Unidos, por exemplo, quando eles fugiam da Jamaica procurando liberdade e melhores condições de vida, foi apoiado pelas grandes quadrilhas de traficantes e de assaltantes que contribuíram financeiramente para o custeio logístico desse grupo. No Brasil não foi diferente, os grandes traficantes do Rio e de São Paulo se admirando e gostando das danças e dos rebolados dos raps passaram também a financiarem. Se sabe que todas as vezes que os grupos de raps se apresentavam em lugares públicos ou fechados era costume terminar em pancadarias.

QUINTO:
E, assim, quero terminar, para dizer que realmente as coisas mudaram. Que os grupos hoje cresceram e se estruturam, já podem caminhar com suas próprias pernas. Mas, em termos de comércio musical, de consumo musical, mas nunca para se infiltrarem dentro de Igrejas Evangélicas para numa demonstração de bonzinhos, bons rapazes, pessoas inatacáveis, cantarem rap para louvar ao Senhor. Isto não existe caro amigo !

SEXTO:
Eu convido o caro amigo Tiago Lira a ler o cap 10:25, do livro de Mateus, que diz “ Basta ao discípulo ser como seu Mestre, e ao servo como seu Senhor “. E termina assim: “ Se chamaram de belzebú ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos “.( pense, medite e reflita sobre o texto )
SÉTIMO:
Quanto ao texto que você se refere no início da carta “ EIS QUE TUDO SE FEZ NOVO “

VAMOS FALAR UM POUQUINHO SOBRE ISTO:

No livro 2º Coríntios, no cap 5º, v. 17, o texto diz assim: “ Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo “.

Jesus está te dizendo que quando você confessar para Ele, em espírito e em verdade que se arrepende ou que se arrependeu de tudo quanto fez de mal e prometer que não vai mais fazer coisas erradas e que Crer que Jesus é o Filho de Deus, então ele está te falando que tudo quanto você fez ficou num passado totalmente esquecido. Você então se tornou uma nova pessoa, um novo homem, de espírito, de caráter e de boas obras. Sua vida agora é uma nova vida, uma outra vida. UMA VIDA COM JESUS. Amém !

Quanto ao texto bíblico que você faz alusão – Livro 1º Coríntios cap 10:31, você também foi infeliz em sua interpretação. Não se deve fazer certos tipos de pensamentos em cima de textos isolados. Paulo nesse mesmo livro, no capítulo 10 ele procura ensinar os cristães a vida que nós devemos viver diante do mundo. Se você ler do versículo 1º ao 33 com certeza vai mudar de opinião...

Vamos transcrever o cap 10: 31 do livro de 1º coríntios

” ...Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus “.

Talvez nesse texto o nobre amigo compositor não tenha percebido que na época o homem cristão não podia comer todo ou quaisquer tipo de carne. Era proibido. Era grande pecado comer carne que não fosse santificada pela bíblia. Na época de Paulo, no versículo 25, do cap 10, de 1º coríntios, Paulo escreveu: “ Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência “.

No versículo 27, Paulo diz: “ E, se algum dos infiéis vos convidar e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência “;

Mas adiante vem a responsabilidade do que você está fazendo:

Paulo no versículo 28, do cap 10, de 1º coríntios, nos alerta:
“ Mas, se alguém vos disser: isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência;. Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude “.

No versículo 32 desse mesmo capítulo 10, Paulo volta a advertir o povo Cristão: “ Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem a igreja de Deus “.

E, para enriquecer ainda mais o texto religioso, quero transcrever as palavras desse grande Apóstolo, um dos maiores teólogos da história religiosa Cristã de todos os tempos – PAULO DE TARSO: “ Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam “ ( 1º coríntios, cap 10, versículo 23 ).

OITAVO:
Você Tiago Lira, diz em um dos trechos do texto que me escreveu: “ Deus não segue a lógica humana, por isso Cristo disse: - Eu não vim para os são, mas sim pelos doentes, e mais, vim para buscar e salvar quem está perdido “ ( aqui você não cita nem livros nem capítulos da bíblia ).

Essa passagem bíblica é por demais maravilhosa porque foi quando Jesus organizava o seu ministério, andando e buscando pessoas já indicadas pelo Pai Todo Poderoso para compor o grupo de Missionários. E, logo depois de ter chamado Levi, que mais tarde passaria a ser chamado Mateus, Coletor também de impostos de Roma, na jurisdição da Judéia, e, este, em sua flagrante alegria ofereceu um banquete ao Mestre ( Jesus ). ( Lucas 27,28, 29 e 30 )

Quando Jesus e muita gente participavam da festa na casa de Levy, os Escribas e Fariseus e outros murmuravam contra os apóstolos de Jesus, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores ? e Jesus tomou a frente e respondeu: “ NÃO NECESSITAM DE MÉDICO OS QUE ESTÃO SÃOS, MAS, SIM, OS QUE ESTÃO ENFERMOS. “ . ( Lucas 5: 31 e Mat. 18: 11 )

E, no versículo seguinte Jesus complementa: “ EU NÃO VIM CHAMAR OS JUSTOS, MAS, SIM, OS PECADORES AO ARREPENDIMENTO “. ( Lucas 5: 32 e 19: 10 )

Espero ter atendido tudo quanto se refere aos textos abordados no que diz respeito à religião e a bíblia sagrada. ( espero também que você possa entender e seguir piamente, firmemente os conselhos do amado apóstolo Paulo . amém ! )


COMO SURGIU O INDIOMA INGLÊS ...?

HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO

NONO

Para se chegar a identificação exata de como e quando se implantou o idioma Inglês aos povos ocupantes das Ilhas da britânia, depois, Ilhas Britânicas, depois, Grã-Bretanha, Reino-Unido da Grân-Bretanha, e finalmente a INGLATERRA, temos forçosamente que falar da origem de seus povos, e falar de cada de um, um pouquinho de sua história. Vamos então mergulhar nesse mundo tão vasto e tão profundo, épocas tribais, épocas medievais, época finalmente do gelo. ( quase no final do gelo )

DÉCIMO:
A Inglaterra é um país hoje com 49 milhões de habitantes. Suas origens vem desde a idade do gelo ( obs. já no final da era do gêlo ) e já era habitada por várias tribos e cada tribo com seus dialetos diferentes. Quando o gelo estava quase em seu final, os homens que habitavam nela, conhecida como terra dos bretões, fugiram do local e procuraram refúgio dentro das tantas cavernas ali existente.

DÉCIMO-PRIMEIRO:


INVASÃO DOS ROMANOS

Duzentos anos ou melhor, no segundo século antes de Cristo três (3) legiões do Exército Romano invadiam as terras das Ilhas da Britânia, depois conhecida “ Ilhas Britânicas “e depois “ Ilhas Da-Grâ-Bretanha “. Nessas terras e naquela época já existia a presença dos povos CELTAS.

a) OS CELTAS, apesar de serem tribos e serem considerados também povos bárbaros não dispunham de forças militares e por essa razão não ofereceram resistência aos Romanos como deveriam oferecer. E, assim ficaram sob domínio romano. E, nas Ilhas Britânicas os romanos permaneceram até o ano 408 da era de Cristo. Deixaram a terra por ordem do seu Imperador Honório, no sentido de auxiliarem outras nações que estavam sendo invadidas por bárbaros. ( Nessa época a lingua inglesa era a língua dos povos Celta )

b) Na saída dos Romanos das Ilhas britânicas, os CELTAS ficaram vulnerável as tribos poderosas e aos demais grupos guerreiros que eram identificados como “ POVOS BÁRBAROS “.

c) Por essa razão, sabendo que havia um grupo de bárbaros identificados como os “ ANGLO-SAXÕES “, ( mistura de povos Germânicos, Saxões, finísios, jutos e outros ) resolveram pedir ajuda para seu povo. Sabia os Celtas que se tratava também de “ Bárbaros “.


“ OCUPAÇÃO PELOS BÁRBAROS ”
“ Anglo-Saxões ‘

DÉCIMO SEGUNDO:

Os “ Anglos-Saxões “ há muito anos pensavam e planejavam invadirem as Ihas britânicas para se apossarem da terra, mas, temendo o poderio militar romano não o fez, preferindo inclusive, tornarem-se amigos daquele povo militarizado, trocando alimentos e outros tipos de favores.

a) Tão logo foram convidados pelos CELTAS para oferecerem proteção armada e sabendo que os romanos não mais existiam nas Ilhas já referidas atenderam a solicitação e levaram todos os grupos aliados e ali em vez de dar proteção se tornaram invasores e mataram milhares de CELTAS e muitos deles conseguiram sobreviverem por terem fugido para a Europa e para as cavernas.

b) Então as Ilhas britânicas, a hoje Inglaterra foi Governada do século-V- até o século XI pelos “ ANGLOS SEXÕES “, que na verdade era uma fusão das tribos de bárbaros formada pelos povos “ GERMÂNICOS “; “ POVOS SAXÃO “. , estes dois últimos procediam das terras onde hoje é o País da Alemanha; “ POVOS JUTOS “; e “ POVOS FINÍSIOS “. ( a destruição dos Celtas foi tão grande, tão selvagem que até o seu dialeto usado nas Ilhas Britânicas foi esquecido e deixado de usar, para em seguida, falarem as línguas Germânicas ).

“ REINOS DOS ANGLO SAXÕES “

DÉCIMO TERCEIRO:

Vitoriosos, os Germânicos e seus aliados dividiram as terras das Ilhas britânicas em pequenos reinos e cada um passaram a reinar e ditar suas normas administrativas.

a) No reinado dos povos “ Anglo-Saxões “ as Ilhas britânicas passaram a serem invadidas constantemente por grupos de guerreiros aventureiros. As lutas por demais sangrentas não permitia uma vida de paz para os habitantes da terra, que na sua maioria eram constituídas por camponeses que viviam da agricultura.

b) Do século-VII em diante, os pequenos reinos da hoje Inglaterra, passaram a serem demolidos, destruídos, por reinos de maior grandeza e isto procediam de grupos de bárbaros de outras partes do mundo. Então, passaram a se discutirem a possibilidade de uma fusão de todos os reinos em um só reino, era enfim, os primeiros passos para a sua dinastia.

c) Do século-VIII em diante as coisas pioraram ainda mais com a queda de outros pequenos reinos e, com as invasões que eram constante, predominava e debilitava os demais poderes instaladas naquela região e assim, se juntaram todos os Monarcas das Ilhas britânicas e de comum acordo fizeram a fusão de um só reino, ERA JUSTAMENTE O NASCIMENTO DA INGLATERRA, nascia também nome e seu idioma, por sinal herdado dos bárbaros Germânicos e Saxões.

d) Vale dizer que a fusão dos reinos para a criação do Reino-Unido da Inglaterra, teve também o medo constante de serem atacados por um povo chamado VIKING, guerreiros sanguinários que na época era o verdadeiro terror para os reinos vizinhos da Europa. A Ilha agora era chamada da Grã-Bretanha.

e) Finalmente, surge o primeiro Rei da Inglaterra, um bárbaro Germânico, escolhido dentro do grupo dos “ ANGLO-SAXÕES “ por nome de “ ALFREDO DA INGLATERRA “ que reinou durante quarenta ( 40 ) anos, entre o período de 849 a 889. Era, enfim, a primeira Dinastia Real Ingleza. ( Era ele conhecido como o Rei dos Saxões )

f) Vale acrescentar que os bárbaros “ Anglos-Saxões “, agora na condição de Monarca, reinaram sobre o Reino Unido da Inglaterra até o século-XI, quando foram dominados pelos normandos, perfazendo um total seiscentos (600) anos.

g) A língua, o idioma Inglês, foi deixado na Inglaterra pelos Anglo-Saxões, podendo afirmar com certeza que essa linguagem procedia, como de fato procedeu dos alemães, os verdadeiros Germânicos. Os saxões também eram da mesma linhagem alemã. A religião Cristã fora levada para a Inglaterra pelos Romanos. Como bem ficou esclarecido acima, os Romanos dominaram e Governaram as Ilhas Britânicas durante 608 anos ( VI-séculos )

MAÇONARIA


DÉCIMO-QUARTO:

A maçonaria é e sempre foi uma entidade fechada ( secreta ). Só quem sabia ou quem sabe atualmente quem são os personagens dessa entidade são seus próprios participantes. Nela existe hierarquia e não é qualquer pessoa que poderá participar de suas reuniões.

Na verdade é um povo ilustre que não gosta de aparecer e que são identificados por sinais ou gestos. O Grão mestre, me parece, ser a mais alta autoridade dessa organização

Não é nem nunca foi uma entidade religiosa. porém, me parece, que acreditam na existência de um Deus Único, Poderoso e Soberano Criador de todas as coisas.

E segundo pesquisa realizada por este que vos escreve, dentro dos nove|(09) volumes da história da Civilização, do autor Domingos Monteiros, primeira edição – 1963, um dos mais ilustres historiadores de todos os tempos e pesquisando outros livros típicos da matéria abordada, a respeito da existência da Maçonaria, passarei a falar, o mínimo possível para não vos cansar e nem vos aborrecer:

a) – A maçonaria nasceu nos fins da construção do Templo de Jerusalém, no Monte Moriá, mais conhecida como templo de Salomão. Um grupo de pedreiros revoltados pela maneira cruel como eram tratados pelos encarregados da obra que por ordem de Salomão eram obrigados a contribuírem do pouco que percebiam para a construção do Templo. Ninguém podia saber. Eram homens valentes, todos povos de Israel e de outras nações diferentes e, seriam identificados como os ‘ VIGILANTES “.

b) Mais tarde, o grupo foi crescendo, crescendo e assim se espalhou por quase todas as parte do oriente e depois pela Europa, Ásia e outras regiões do mundo.

c) Quando o Cristianismo passou a ser tutelado pela Igreja Católica, o PAPA que sabia das atribuições secreta dos maçons resolveu criar na Santa Sé e sob direção do mandatário maior da Igreja um grupo de homens guerreiros para fazer cumprir diante do mundo por onde existisse suas paróquias a unidade da fé católica e seus ensinamentos. Era na verdade uma entidade que apesar de não ser secreta, era temida até pelos Monarcas dos países ligados à Igreja. Esse Grupo de Guerreiros passou a ser conhecido como: “ OS CAVALEIROS DO TEMPLO DE DEUS “ ( OU OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS )

d) Vale dizer, que mais tarde se descobriu que os CAVALEIROS DO TEMPLO DE DEUS ou os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS na verdade eram uma organização maçônica, que apesar de ter seu Grão Mestre, era subordinada diretamente ao PAPA Clemente-V, cujo nome de nascimento era Bernardo de Goth.

e) O vaticano apesar de ter um exército com mais de 15 mil homens ( SÓ PARA SERVIÇOS ESPECIAIS ) não satisfeito, passou a aproximar-se dos maçons da loja dos HOSPITALÁRES justamente quando nasceu a “ SANTA INQUISIÇÃO “ no intuito tão somente de juntar as duas organizações numa só. Como não conseguiu, resolveu usar dos meios secretos de sua maçonaria, e conseguiu prender e matar sobre torturas todos os membros da entidade rival.. E, assim, rios de sangue de pessoas inocentes foram jorrados nas masmorras de cada prisão, de cada lugar, de cada cidade e de cada templo religioso católico.

f) A MAÇONARIA chegou nas Ilhas Britânicas ( Inglaterra ), nos períodos dos séculos XIII e XIV. E assim, depois de 1.400 anos de sua fundação e de ter seu idioma já conhecido em várias partes do mundo, o INGLÊS.

g) No Japão, os povos NIPÔNICOS, na 2ª grande Guerra Mundial, usaram os maçons para camuflados de pescadores INVADIREM O BRASIL o que realmente fizeram.. Exemplificando, era na verdade uma organização secreta de militares japoneses (a Shindo Rommei) que, durante a Segunda Grande Guerra, se infiltraram na Amazônia com vistas a detalhar os melhores meios de explorar os recursos naturais do local quando da esperada vitória nipônica. Disfarçaram-se como pescadores e todos os seus códigos giravam em torno de termos ligados à pesca.

Será que o nosso povo brasileiro sabia ou sabe desse acontecimento ? Ai se verifica a grande responsabilidade do Exército Brasileiro na vigilância das nossas fronteiras dentro da Amazona.

ENCERRAMENTO
DÉCIMO-QUINTO:
Caríssimo amigo Tiago Lira, fiz esse trabalho para mostrar à você que não foi maçônico ou maçônicos quem criou o idioma Inglês. Esse privilégio não se pode negar e nem tirar de dentro do Castelo dos povos Germânicos, os Alemães.

Gostaria de saber de onde você tirou essa idéia ? e o pior, de dizer que os maçônicos assim fizeram para se ridicularizar de Deus, colocando o nome GOD. God é a tradução correta da palavra Deus. Te aconselho a não fazer mais comparações infantis como falar de Raul Seixas num assunto tão santo ! Mandar ler a palavra God ao contrário... com Deus não se brinca caro amigo. Ele é o teu e o meu Criador. É o Soberano Senhor de todas as coisas. Tu crer nisto ?

Quando você se identifica como cantor de rap eu imagino as semelhanças de tuas palavras e de teus conceitos comparativos. E realmente estás identificado, mesmo sem eu saber quem é você, sem te conhecer, mas, como disse certa vez Jesus: “ São pelos frutos que se conhece a árvore “.

Quanto a letra que você se refere, eu não recebi. Gostaria que você me enviasse. Só que desta vez faça assim: mande por arquivo e também copie do Word e cole na caixinha do e-mail e com certeza terá que chegar as minhas mãos.

Recife, 28 de julho de 2010.
That God Can Bless You
Traduzindo: Que Deus possa abençoar você ) amém !
Abraços

DAVID PESSÔA DE BARROS.
Um Pesquisador bíblico. ( Não sou Pastor ).